quarta-feira, 3 de abril de 2024

A PEDRA


Imagem da Net

A PEDRA TALISMÃ

 Por Maze Oliver

 

    Sempre fui naturalmente uma pessoa mística, a floresta representa para mim a minha raiz natural, minha inspiração e origem, nela não é comum ter pedras, se de repente num momento de perigo precisarmos de uma pedra para nos defender de algo, será difícil encontrar uma pedra que seja daqui mesmo do lugar, pelo menos aqui em Rio Branco.

     Eu não sei o motivo, mas sempre gostei muito de pedras; desde as preciosas que só tive o prazer de ver e admirar em vitrines ou imagens, até as mais comuns. Pedra para mim sempre foi alvo de admiração e ternura. Ainda lembro as cinco pedrinhas brancas que eu brincava na minha infância.

    Parafraseando o sábio poeta, Carlos Drummond de Andrade, "no meu caminho tinha uma pedra"... 

Sim, no meu caminho sempre houveram pedras. Desde as pequenas, as médias e também grandes, que tive que atravessar, às vezes sozinha, às vezes com alguém. Até hoje tenho vencido algumas delas. Até mesmo uma doença muito grave que me fez passar anos amargurada e preocupada com meu futuro, mas venci! Agora estou vivendo a era da Covid-19, outra pedra, das grandes, ENORME, não só eu, mas toda a humanidade. Nós que estamos vivos vencemos essa guerra biológica a cada dia. E que pedra essa!

    Eu sempre quis ter uma pedra de verdade, especial, diferente, um amuleto, que no meu entendimento iria me proteger e resguardar dos males e me daria poder. E assim segui procurando minha pedra especial. Procurei-a por toda parte e em todos os lugares onde eu andei ou conheci. Vi pedras de todas as formas, cores e luzes. Nenhuma me agradava, não, não era nenhuma daquelas, a minha pedra especial, mas eu tinha certeza que um dia a encontraria em algum lugar. Ela estava lá a me esperar.

    A vida seguiu e esqueci de continuar a procurar a tal pedra mágica que eu esperava encontrar. Passei a me preocupar com as outras pedras; fui vencendo uma a uma, as que ia encontrando pelo caminho. Às vezes vencia, outras perdia! Como perdi meu único e amado irmão aos 21 anos e depois meu pai que por tantos anos tentei e desejei ajudar e não consegui. 

    Muito anos depois, quando de uma viagem minha a Cusco, no Peru, estava eu e meu esposo visitando o Vale Sagrado do Sol (lugar considerado místico e poderoso); fomos ver de perto um riacho muito raso que lava aquele vale; comecei a observar as pedras que lá haviam mergulhadas no fundo da água, meti a mão e de dentro do rio sagrado, peguei uma pedra qualquer. Para minha surpresa essa pedra tinha o formato do Mapa do Brasil e o Mapa do Acre, perfeitamente marcado na textura da mesma. Gente, fiquei tão surpresa e de imediato pensei: sim, essa é minha pedra especial, o meu talismã! Finalmente a encontrei! A lavei cuidadosamente e a tenho até hoje em lugar especial em minha casa. Eu acredito que ela me foi oferecida pelos Deuses Incas"; na palavra sagrada há vários trechos que falam em pedras que marcaram testemunho, imortalizando uma relação entre o humano e o sagrado", assim disse-me uma amiga escritora e jornalista, Élle Marques. Então acredito que essa pedra tem o poder de proteger-me nos momentos de perigo! Também tem para mim um sentido de respeito ao meu país e ao meu estado do Acre, e uma mensagem indireta, vinculada ao sagrado. Às vezes fico me perguntando: o que mais essa pedra tem a me dizer? Não sei se é apenas crendice ou loucura da minha mente fantasiosa, mas eu penso nisso!

   Como versou o poeta Drummond... no caminho existem pedras, eu também tenho encontrado as minhas; quando matéria concreta, uso-as no meu jardim, ficam lindas na ornamentação! As outras encaro-as como aprendizado, cada uma com um conteúdo diferente. As "pedras" têm muito a nos dizer e ensinar, apenas devemos interpretar e aprender! 

 

     Mas aqui falei também da minha pedra real e especial. Ela é minha linda pedra, meu talismã especial! 

 

Maze Oliver  é Orientadora Educacional, Pedagoga e Psicanalista Clínica. Também  é Imortal da Academia Acreana de Letras-AAL, Padroeira da Sociedade Literária Acreana-SLA e membro da ALSPA (RJ), AJEB-AC, Instituto Baronesa (RJ) e de várias academias e grupos literários brasileiros. Acesse aqui mesmo, no blog, a biografia completa. Caso desejar!

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MORRER? Como conviver com essa ideia

 


DICAS SOBRE COMO CONVIVER COM A IDEIA DA MORTE

 

A morte é algo que assusta. A maioria das pessoas vive como se a morte não existisse. Recusamo-nos a pensar em tal fato, porque é difícil lidar com a finitude humana. No entanto, isso torna a vida mais interessante.

 

Na verdade, a vida e a morte formam um ciclo permanente, pois umas coisas morrem para dar vida a outras, ou seja, a vida não tem fim e a transformação é constante. Portanto, do ponto de vista da natureza, a morte é inexistente. Recusar a aceitação da existência da nossa morte nessa vida, não faz sua inexistência, mas sim, a fortalecerá, gerando medo e diminuindo a beleza de estar vivo.

Uma dica é ver a VIDA como presente divino e aproveitar o máximo cada oportunidade que surgir para você viver bem e melhor.

Uma segunda dica é conviver bem com as pessoas que ama: sendo da família ou não, pois cada uma delas tem sua importância na vida de alguém.

A terceira dica é dar valor somente ao que realmente importa, aquilo que não tem jeito já está resolvido ou o que é inferior não merece nossa atenção. O mais importante então, é cuidar do corpo e da mente para viver bem o maior tempo possível.

 

O fato de ter recebido o dom da vida é um prêmio para quem sabe viver, reconhece o significado do compartilhar e do construir algo para deixar para o mundo quando nos formos daqui. Confúcio nos disse que “a vida tem tantos problemas que temos que resolver primeiro”. Então, aproveite a vida e foque a atenção em deixar um legado, por mais simples que seja. Isso é o que mais importa.

 

Maze Oliver

Orientadora Educacional, Pedagoga e Psicanalista Clínica.

Maze Oliver  é Orientadora Educacional, Pedagoga e Psicanalista Clínica. Também  é Imortal da Academia Acreana de Letras-AAL, Padroeira da Sociedade Literária Acreana-SLA e membro da ALSPA (RJ), AJEB-AC, Instituto Baronesa (RJ) e de várias academias e grupos literários brasileiros. Acesse aqui mesmo, no blog, a biografia completa. Caso desejar!

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segunda-feira, 1 de abril de 2024

FILHOS, COMO LIDAR?

 

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COMO LIDAR COM FILHOS ADULTOS IMATUROS

 

Convivemos hoje com uma geração de mimados: "reis, príncipes e princesas, sem tronos". Jovens criados em uma nova ordem social, um novo modelo de educação, mal interpretado. Um tempo de excesso de "informação duvidosa". Tudo isso gera rebeldia, ingratidão e imaturidade. 

 

Se você criou seus filhos com mimos e regalias, terá que reeducar para enfrentarem a vida, sendo muito mais difícil agora, já que possuem uma personalidade já formada. Terá que cortar as mordomias e se preparar para o show de reclamações, acusações e chantagem emocional.  

 

A nova ordem social conta com a globalização de ideias, onde muita coisa errada é disseminada e nesse contexto ilusório, os pais são considerados ultrapassados e imperfeitos. A maioria dos pais ficam totalmente alheios ao que seus filhos aprendem na internet e na sociedade. Muitos conteúdos psicológicos e até psiquiátricos são divulgados nas redes. Muitos jovens leigos se convencem de que foram criados por pais Narcisistas.  Se deixam levar por suas avaliações simplistas, sem profundidade. Agora todo mundo entende de tudo, todos acham que sabem diagnosticar. Isso cria revolta e muitos filhos se voltam contra seus pais. Não querem lutar por suas vidas e nem abrir mão da proteção familiar. Querem continuar no "útero" da mamãe". Para mudar é preciso os pais tomarem a decisão de "empurra-los para a vida". Essa é uma decisão muito dolorida, porém necessária. 

 

Estamos numa fase que quando a conversa não resolve é necessária uma atitude. Os filhos adultos precisam sustentarem-se e criarem seus próprios filhos, as custas do próprio suor. Quando se tem muitos direitos e nada de deveres, cria-se um delinquente.  Muitos querem "entregar" os próprios filhos para os avós. Não aceitar essas demandas exige coragem, foco e determinação. O respeite, mas também exija respeito:  agindo com firmeza estará certamente ensinando seu filho a ser adulto. 

 

Não se sinta tão culpado (a). Houveram muitos fatores para este resultado. Além da família, o social e o genético também contribuíram. E ainda se você acreditar na capacidade do filho reagir às dificuldades da vida, ele se fortalecerá e vencerá. Dê uma chance a ele de provar que é capaz, deixando-o livre para errar, cair, levantar e aprender por si mesmo. Ser uma pessoa completa.

 

Maze Oliver  é Orientadora Educacional, Pedagoga e Psicanalista Clínica. Também  é Imortal da Academia Acreana de Letras-AAL, Padroeira da Sociedade Literária Acreana-SLA e membro da ALSPA (RJ), AJEB-AC, Instituto Baronesa (RJ) e de várias academias e grupos literários brasileiros. Acesse aqui mesmo, no blog, a biografia completa. Caso desejar!

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