A pequena cidade do interior da Bolívia nos finais de semana e nos feriados ferve de turistas brasileiros em compras. É o dinheiro brasileiro ficando em terras bolivianas.
brasileiro fazendo compras em Cobija |
Para retornar ao Brasil atravessa-se apenas uma pequena ponte. Esse comércio boliviano fomenta o comércio acreano ou acriano, pois há troca de produtos e de moeda, o peso boliviano. Porém, você deve conferir muito bem os produtos, verificar se estão com as baterias ou outros acessórios, se funcionam, se não estão com defeitos, pois trocas ou substituições, nem sempre são possíveis de fazer!
Os bolivianos de Cobija, de cultura completamente diferente da nossa, sobrevivem do comércio local. É interessante perceber a cultura contrária ao Brasil, às vezes até nos deixa confusos e perplexos. Lá é proibido o uso do capacete para os motociclistas. É muito interessante ver uma família inteira perambulando de motocicleta tranquilamente no centro da cidadezita. Atravessando a ponte, deve ser colocado o capacete então, porque já é Brasil. Que coisa, não!
Motociclistas nas ruas de Cobija, sem o capacete! |
O clima é quente, no entanto as mulheres se vestem com saias compridas, coloridas e com muitos franzidos. Seus cabelos negros e longos são penteados em duas tranças. Rostos arredondados, faces morenas e sérias, quase não esboçam nenhum sorriso! Contrastando com as brasileiras, sempre muito sorridentes!
Mulher boliviana e suas tranças |
Alimentação, paladar completamente outro! Por isso atravessamos na hora do almoço para Brasiléia (Acre), que tem uma feijoada maravilhosa! Mas o suco de laranja boliviano, feito da fruta e na hora pelos vendedores nas ruas, esse quase todo mundo gosta. Hidrata e suavisa o calor enquanto fazemos nossas andanças. Brasiléia - Cobija - Brasiléia! Há quem no sábado, curta a música boliviana, o ritmo quente e dançante do Mambo, nos bares da pequena cidade. Muitos voltam para Rio Branco só no domingo. Sem contar os muitos brasileiros que moram por lá, para estudar Medicina.
Rua e prédio de Cobija |
No mais, só conhecendo mesmo para ter uma ideia do contraste econômico e cultural, por isso mesmo muito interessante.