sábado, 27 de junho de 2020

POEMA - Eu sonhei

EU SONHEI 
Por Maze Oliver

Sonhei por anos inteiros
Sonhei com a igualdade
Com ingenuidade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei com a poesia
Sonhei com a amizade
Com a fraternidade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei com a dor da saudade
Andei com as flores do campo
Com a força de vontade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei com a pura Arte
Sonhei com a verdade
Brinquei com a falsidade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei demais por todos
Por mim e pelos outros
Acordei com toda a certeza
Sonhei pela metade
Agora eu sei.


Beijokas no coração!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

- NOTA - Mais um livro!

   Finalmente conclui meu sétimo livro Memórias de Mariana. Você pode ler aqui mesmo no BLOG na página Memórias de Mariana. Procure acima  próximo a IMAGEM de CAPA do blog.
  Estou muito feliz  em poder compartilhar com vocês. O arquivo segue para revisão final e impressão em gráfica. Compartilhei aqui devido a Pandemia!

   Aguardo a leitura de vocês e os comentários aqui mesmo no blog! Ansiosa!

Maze Oliver


       POSFÁCIO DE MEMÓRIAS DE MARIANA

        Foi com um misto de receio e surpresa, quando aceitei o convite da escritora Maze Oliver, na incumbência de escrever o posfácio de Memórias de Mariana. É como se eu fosse convidada a adentrar, descalça, sozinha, em um mosteiro, com reverências, pois, trata-se de uma obra feita com alma, corpo e espírito.
        Consigo ouvir o pulsar do coração de Morgana outrora Mariana como, também, de suas lágrimas. Os pés descalços e frágeis da menina-personagem a passos firmes e decididos da Mulher que se tornara a cada situação que a vida vai lhe apresentando. As texturas das paredes do coração da personagem que, inicialmente, apenas luz e sombra, mas, depois, cores e mais cores numa intensidade de degradês de sua preferência. Porque será ela quem vai dar o tom para a sua própria vida! Sua voz ora alegre, ora tristonha, nos convida a ler as suas aventuras. Suas mãozinhas, miúdas, afáveis, juntam-se ás nossas no convite para uma história surpreendente até a fase adulta de uma mulher que vive o seu próprio tempo na pele de Mariana e, depois, Morgana que significa para algumas fontes, "nascida do mar", no caso de nossa personagem, ela é nascida na mata, região amazônica, filha de uma’’ uma cabocla forte’’, "mulher selvagem", “mulher onça’’ ... Percebemos a candura de menina ao brincar de casinhas com suas latas e a boneca de pano que a avó costurava para ela como forma de carinho. Ao mesmo tempo “levantando-se antes de amanhecer o dia para ir à escola com farofas de ovos, de carne, de jabá, banana frita e bodós em latas de leite secas, essas eram as suas lancheiras!’’, Sobrando alegria para que se divertir tocando com as pontas do dedo as plantinhas à beira do caminho. “Maria fecha a porta o teu pai morreu’’ Vamos nos identificando com a sua luta. Vamos torcendo por ela na vontade de, também, como ela, desabrochar na vida cheia de sonhos e ilusões. Mulher seringueira, forte, destemida que não aceita o que lhe é imposto. Vai refletindo, sofrendo com desilusões, com as diferenças, criando uma consciência que uns vivem em melhores situações do que outros. Sofre! Sente raiva! Angústia! Ao mesmo tempo, traçando novos rumos, há de ter uma nova saída! Não é ali que deseja ficar a nossa personagem. Diante do silencio e da contemplação! Ela deseja conhecer o mundo e seu dissabores.
        A autora faz uso de narrativa onisciente, com descrições subjetivas e psicológicas. A impressão que temos é de que a personagem vive em um’’ universo paralelo’’. Ou seja, o que ela vive e o que realmente gostaria de vivenciar, experimentar. O que esperam dela e, o que realmente, ela gostaria de ser. O que ela tem e, o que realmente importaria ter. Para onde tentam levá-la e, para onde, realmente, ela desejaria ir... Em dado momento, até parece que a personagem é cada uma de nós! Mesmo que seja tomando um delicioso chá de ervas devido a situação de pandemia vivida pelo mundo todo neste século XXI! Nos fazemos representadas por Morgana, Poeta da vida, de amores, conflitos e da liberdade. A diferença é que ela está registrando (risos), mas, quem sabe, também, nos convidando a também escrever o nosso diário! O nosso livro! A valorizar os momentos, as pessoas amadas, os pequenos gestos de gratidão, a ternura e a natureza. Pois, tudo vai passando, devagarinho, aos nossos olhos, lapidando o coração de nossas memórias...

Fátima Cordeiro
Junho/2020
Escritora, professora e poetisa. Imortal eleita da Academia Acreana de Letras (AAL) e membro fundadora da Associação Sociedade Literária Acreana (SLA)

Beijokas no coração!


sábado, 6 de junho de 2020

POEMA - TUDO PASSA

Por Mariana / Morgana

TUDO PASSA

Toda virada da sorte
Toma a alegria
Jorra tristeza e morte
A Pandemia jorra dores
Ceifa vida e amores

Toda vida é passageira

Tudo acalma, tudo passa
Até mesmo a agonia
O medo e a incerteza
De viver a Pandemia 


O poeta jorra versos
Espanta a solidão 
Conta a sorte
Canta e brinda à vida
Enquanto não vem a morte 

Uma homenagem à  personagem do meu Romance Memórias de Mariana - 1ª Edição - SLA - 2021.