CULTUANDO O ACRE
Cultura significa cultuar algo, complexo ou conjunto, que inclui
o conhecimento da língua, arte, crença, lei, moral e costumes de uma sociedade. Obviamente cada lugar tem sua própria cultura e a cultura acreana é marcada por
suas manifestações na culinária, nos hábitos, na hospitalidade e no alto grau
de acreanismo, porém vem sendo modificada através dos tempos por incluir
valores e aspectos de outras culturas.
O Acre, cujo nome
surgiu de Aquiri, na língua dos índios Apurinãs, "rio dos jacarés", vem lutando
para conservar sua cultura, resistindo aos bombardeios culturais da TV e
da internet, como resultado da globalização. Conhecido nos últimos
anos, como uma comunidade que tem sua luta focada na preservação da
"Florestania "; afinal de contas o estado possui milhões de hectares
de floresta tropical, representando simplesmente parte da maior biodiversidade
da terra. Por isso, nosso Acre merece cuidados!
Refletindo: nada mais
é tão destrutivo a um povo do que a morte de sua cultura, o esquecimento de sua
origem, o colapso cultural. O que temos no Acre, como prato do dia, é que pouco
a pouco a cultura acreana vem se modificando, readaptando-se a outras culturas,
que não são nossas. Muito sério e preocupante ver nossos patrimônios
culturais abandonados ou no desuso e ociosidade.
Que bom seria se
pudéssemos resgatar nossa história, valores, sonhos e a forma de viver a vida de
antes, para conservar a mente do povo mais saudável e criativa, livre
das prisões culturais externas, das amarras do consumismo desenfreado do sistema econômico. Isso seria fundamental para a sobrevivência do nosso
acervo cultural e da identidade do acreano ou acriano (com queiram), pois nos tornamos outro povo:
robotizado e envolvido num mundo cultural importado que ao longo do tempo foi se
construindo e recriando nossa
cultura e valores. Qual o melhor Acre para se viver? O de ontem ou o de hoje? E
o que o Estado fez/faz para valorizar nossa cultura?
Sabemos que não
podemos voltar atrás, mas é importante fortalecer a literatura acreana,
potencializar os trabalhos artísticos, apoiar os agentes culturais. Nesse
aspecto podemos cobrar a responsabilidade do poder estatal em gerir políticas
públicas: descentralizando recursos e investimentos na área cultural, pois com
o esquecimento da cultura caminhamos para um abismo sem fundo, onde breve
seremos "desculturados" e seguidores de
quaisquer "música", ordem e servos de qualquer senhor. Ou seja: No nosso corpo vivo habitará uma alma morta!
Maze Oliver
Pedagoga e Orientadora Educacional formada na UFAC
Membra da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membra fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Aguardando posse na Academia Acreana de Letras (AAL)
Membra da Academia Internacional de Cultura (RJ)
Membra da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membra fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Aguardando posse na Academia Acreana de Letras (AAL)
Membra da Academia Internacional de Cultura (RJ)
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