Esta página denominada POETAS DO ACRE, contém poemas de amigos acreanos, parceiros de caminhada literária. Sejam bem-vindos!
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MAZEZINHA CRUZ
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Escritora Mazezinha Cruz |
A CABEÇA
Onde está a minha cabeça seu moço?
Estava agorinha aqui grudada no meu pescoço
Vi no espelho com um rabo de cavalo a pular
Que mamãe amarrou para eu bonita ficar,
Minha cabeça será que vou encontrar?
Ela sempre some sem me avisar
Vai pro mundo da lua
Porque lá pode sonhar,
E agora lembrei:
O livro que estava lendo quando ela resolveu
Me deixar
Tinha uma escola com
muitas crianças a brincar
Mas não era em qualquer lugar
Havia um jardim florido
E do céu caia uma chuva colorida
Que elas procuravam os pingos pegar
escorregavam no arco-íris que a
Fada resolveu pintar
para as crianças do
mundo inteiro
o horizonte poder atravessar.
Diga aí seu moço será que minha cabeça um dia vai voltar?
OBS. Poema escrito em homenagem à sua filha ainda criança.
Mazezinha Cruz,
nascida em Tarauacá, Acre. Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do
Acre – UFAC. Tem Pós-graduação em Educação Infantil, também pela UFAC e
Educação Inclusiva pela a Faculdade Euclides da Cunha. Professora de Ensino
Superior, Médio, Fundamental e Pré-escolar. Exerceu a função de diretora na
Escola Municipal Gumercindo Bessa e Coordenadora pedagógica em escolas
estaduais e municipais de Rio Branco. Atualmente trabalha com formação na
Diocese de Rio Branco. Amante da leitura, começou se aventurar pelo mundo da
escrita no período de isolamento social por conta da pandemia. É membro da Sociedade Literária Acreana/ SLA.
ALESSANDRO BORGES
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Poeta Alessandro Borges |
BIOGRAFIA
Alessandro Borges é natural de
Rio Branco, Acre. É pedagogo, teólogo, poeta surdo e fazedor de cultura
atuante. É presidente regional do Instituto
Educando para a Paz – Brasil/Indonésia; foi vice-presidente da Associação
de Cinema Acreano - ASACINE (2020); é embaixador da paz pela
Faculdade da Paz, de Contagem – MG; e delegado cultural pelo
Instituto VAEBRASIL – Contagem - MG (2014). É membro de diversas
instituições culturais regionais, nacionais e internacionais (dentre outras):
• Academia dos Poetas Acreanos
(2012);
• Foi o primeiro presidente da SLA - Sociedade Literária Acreana
• Membro do Núcleo Acadêmico de
Letras e Artes de Lisboa - Portugal (2014);
• Academia de Música, Letras e Artes de Salvador -
Bahia (2014);
• Delegação da ALAV- Academia de Artes e Letras de Valparaiso-
Chile(2014);
• Círculo de Escritores da Espanha (membro correspondente –
2014);
• Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura – Taubaté - São
Paulo (2017).
Além desses reconhecimentos l i t e r á r i o s t a m b é m é:
• Doutor Honoris Causa pelo Reino de Kutai Mulawarman
– Indonésia e Instituto Educando para a Paz.
UM DE SEUS INÚMEROS POEMAS:
Sede
Eu te busco como deserto de muitos braços,
Pois que há em mim uma sede que nunca se acaba,
Cujo desejo, assim, somente se propaga,
Ganha força cada vez que apressa os passos.
Do nada, num ímpeto perfeito, de repente,
Pouco a pouco, meu sangue se rompe como estrelas,
Sinto a boca seca, minha língua acariciar os dentes;
Meu beijo mergulhar no chão de orquídeas vermelhas.
Essa sede que tenho de ti, é maior que o planeta!
Por isso, trago-te em mil pedaços de ternura...
A enfeitar o céu com rosas e borboletas.
Deixo meu corpo falar por trilhões de branduras.
Assim, contarei flor por flor, estrela por estrela.
Até que eu beba-te devagar e sem pressa,
Sacie minha sede, já quase amarela
À doce espera de tua boca avessa.
ROSÂNGELA FONSECA
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Poeta Rosângela Fonseca |
Rosângela Maria Farias Fonsêca, nasceu em Xapuri - AC, em 16 de dezembro
de 1965. Graduada em Letras Vernáculas, pela Universidade Federal do Acre.
Pós-graduada em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica, pela
Universidade Federal do Acre.
Há 37 anos ingressou na Educação como professora. Porém, ao longo destes
37 anos exerceu a função de Coordenadora Pedagógica. Hoje, exerce o cargo de
Diretora de uma escola Municipal de Rio Branco, já no segundo mandato.
A adolescência foi a fase inicial para produção de muitos poemas, quando
escrevia para deleite. Atualmente é membro e tesoureira da Associação Sociedade Literária Acreana - SLA, onde atua, com livro escrito e a intenção de lançar muitos livros.
SERES INANIMADOS
Por Rosangela Fonsêca
Simbolizam a parte dinâmica das vidas
Se mexem
Se quebram
Se acabam
Envelhecem
De nós se distanciam.
Porém, das memórias
jamais sairão
Falo daquele Igarapé
Que marcou minha infância.
Apesar da distância
Ainda tenho na lembrança
Que seu singelo leito
Comportava água o suficiente
para promover felicidades
à muitas crianças
Falo da protagonista natureza
Com sua enorme gentileza
Nos chamando pra brincar
E nesse Igarapé
embalar...alimentar
nossas fantasias de criança
Hoje tenho um desejo
Quem sabe esse Igarapé encontrar?
Falar-lhe dos meus sentimentos
Falar-lhe das minhas lembranças
E em seu leito novamente
meus sonhos embalar
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DEVANILDE SOUZA
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Poeta Devanilde Souza |
Antônia Devanilde Pereira
de Souza, nasceu em Marechal Thaumaturgo - AC. Graduada em Letras, pela
Universidade do Paraná, tem especialização em Educação Inclusiva pelo Centro
Integrado de Pesquisa e Educação da Amazônia. Exerce a função de professora do
Atendimento Educacional Especializado e mediadora. É Membro Fundadora da Sociedade dos Poetas do Barão,
recebeu Honra ao Mérito como professora do ano em 2013, Escola Alto Alegre II,
Membro Honorário da Academia dos Poetas Acreanos , recebeu Honra ao Mérito
Amiga da Cultura pela Academia Juvenil Acreana de Letras, Membro Correspondente
da Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras de Manaus, Membro Fundadora
da Academia de Poesia e Artes do Distrito de Campinas, Membro Efetiva da
Sociedade Literária Acreana, Membro Fundadora da Federação das Academias de Letras
e Artes do Estado do Acre, participou da Antologia Poética do concurso nacional de Poesia Livre para Novos poetas
pela Editora Nacional Vivera, também da Antologia de Contos As Faces da Morte e
da Antologia Além das Palavras e recebeu medalha de honra ao Mérito pelo
incentivo à leitura e a literatura acreana nas escolas pelo grupo Sociedade Literária Acreana ( SLA).
FEMINICÍDIO
Por Devanilde Souza
O
retrato da crueldade
Da desumanidade
De uma mente machista,
Realidade de um ódio
fetichista
A mulher tem sua vida Ceifada
A
maioria das vezes morre calada,
Sem
que alguém saiba da sua dor
Morta
pelo Ser, que se mostra dominador.
As mulheres são assassinadas
Porque querem sua liberdade
Eles acham que tem o direito,
De tirar a vida e sua vontade.
A mulher não é escrava
Respeite sua luta por favor!
Ela não precisa submeter;
Humilhação, submissão e dor.
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ELIZEU MELO
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Dr. Elizeu Melo |
Elizeu da Costa Melo é Diretor do Centro de Estudo Teológico e Filosófico do Acre. Graduado em Teologia, Pedagogia e Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais do Brasil. Especialista em Autismo, Pós graduado em Ciências da Religião pela SINAL, Mestre em Ciências da Educação pela UPG - Asunción. PY Doutor em Psicanálise Clínica e Psicoterapeuta pela AAPC / FTB. Membro Efetivo e atual presidente da Sociedade Literária Acreana - SLA (2021) e Membro do quadro permanente da Academia Acreana de Letras - AAL (2020). É poeta e escritor literário e científico, tem quatorze livros publicados e um intenso trabalho voltado ao Ensino Especial e ao Combate ao Suicídio na cidade de Rio Branco - Acre (BR).
SUICÍDIO NÃO É REMÉDIO
Por Elizeu Melo
Suicídio não é remédio
Para curar a sua dor
Momento de grande tristeza
Até Jesus Cristo passou
Lute por sua vida
Ela tem muito valor
Algumas decisões na vida
Podem ser retrocedidas
Mas, há uma que não pode
É o caso do suicida
Por isso que Eu te digo
Lute por sua vida
Quando estamos sofrendo
Passamos a indagar
Meu Deus! Quanto sofrimento?
Quando isso vai passar?
Eu te digo meu amigo
Logo tu vai superar!
Todos nós temos problemas
Criança, homem ou mulher
Seja qual for o teu dilema
Lute pra ficar de pé
Busque ajuda e se aceite
Tenha um pouco de fé!
Converse com um amigo!
Terapeuta ou irmão
Fale até com algum padre
Se possível um sacristão
O que não pode ocorrer
É tirar a vida meu irmão
Mande a tristeza embora
E tudo isso vai passar
Se esforce por sua cura
E comece a se cuidar
Pois a vida é muito curta
Vamos logo aproveitar
A vida é o que fazemos dela, pode ser boa ou não!
Pois a vida é construída com determinação
Só você vai decidir - se quer Ser feliz ou não!
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CÉLIA DE PAULA
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Poeta Célia de Paula |
Célia de Paula, acreana de Tarauacá - município acreano, domiciliada na cidade de Rio Branco. A autora faz parte da Academia dos Poetas Acreanos (APA). Escreve poesias desde a adolescência, faz delas seu amuleto e âncora de prazer. Sente-se feliz em ver que o que escreve tem agradado aos leitores de um modo geral, o que a entusiasma a continuar. Já escreveu mais de trinta livros de poemas. Muitos deles disponíveis no site latino-americano clube dos autores. Aqui apenas uma pequenina mostra do seu trabalho.
A CHUVA
Gosto
de ver pingos de chuva acelerados
Trazendo
ao arrebol uma harmonia bela
Eu
fico a apreciá-la do vidro da janela
E
os versos fluem desgovernados!
Gosto
de vê-la aguar meu pensamento
Dispersando
poemas soltos pelo ar
Feito
folhagem que esvoaça com o vento
Lindos
versos na mente vêm pairar.
Gosto
de ver a chuva no cimo da soleira
Devagarzinho,
esvaindo qual fosse poeira
E
toda terra eventualmente vem regar!
Com
seu pingar minha roseira fica florida
Que
seja a chuva abençoada e bem vinda
E
venha ela toda a natureza restaurar!
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CLAUDIO BRITO
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Poeta e professor Claudio Brito |
Antonio Claudio Brito do Nascimento, nasceu em Tarauacá -Acre em 26 de Abril de 1975. Filho de Dona Socorro Brito, professora e de Chico Chagas, seringueiro. Frequentou educação básica no ensino público e cursou Letras / Português, pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Estudante de Mestrado na área da educação. É professor e acredita que a educação é o maior suporte do desenvolvimento humano. Já possui livros publicados e faz parte do grupo de escritores da Sociedade Literária Acreana - SLA.
VIDAS
Por Claúdio Brito
Vidas objetos
Tornadas dejetos
Em correntes lamaçais
Vítimas de engodos
De ganas capitais.
Ecos de Mariana
Num Brasil que sofre e ama
E sequer tem o direito
De acender castiçais.
Candelabros de injustiças
Com chamas que banalizam
Em manchetes de jornais.
Finda-se a aurora da vida
Sonhos, saltos, sorrisos
Perdidos no vale da morte
Mascarado em vales de sorte
Em propagandas e anais.
Vale o tesouro encontrado?
Por ferro se Vale a vida?
Pergunte-se a Brumadinho
Pergunte-se às suas bacias
Até mesmo aos animais:
Uma rica fauna que chora
De mãos dadas com a flora
Sem poder dizer até mais.
Pergunte-se às vidas ceifadas
Às famílias desterradas
Às vozes silenciadas
Que no vale do rio antes doce
Sorriam à toa que fosse
Mas hoje não Vale mais.
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LIDIA XAVIER
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poeta Lídia Xavier |
Lídia Maria Xavier Santana é natural de Rio Branco - Estado do Acre, tem 18 anos. Atualmente estuda o último ano do Ensino Médio e mora com a mãe e a irmã. Gosta de escrever poesias e considera essa a sua melhor forma de expressão. É membro da Sociedade Literária Acreana - SLA, desde sua fundação em 2015, da qual participa acompanhada e estimulada por sua família.
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IGNORÂNCIA DE SER
Por Lídia Xavier
Perguntei-me quem eu sou
E ao tentar me entender, me desentendi
Minha convivência deveria ser óbvia
Mas ao tentar me entender, eu me perdi
Entrei em profunda ignorância, na ânsia de me reconhecer
Talvez eu fosse as minhas vontades, ou minhas atitudes
Em seguida, seria eu minhas virtudes?
Depois de um ato de reflexão, penso que tudo é uma parte
Eu seria meus pensamentos, dos aceitáveis aos condenáveis
Que envolveria minhas atitudes, das mais belas as odiáveis
Seria a aceitação, das minhas diversas versões
Percebo que sou muito, mas, só as vezes
Às vezes, eu sou só às vezes
Me fujo, e me acho de outra forma
Pois ao tentar me entender
Me refaço.
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ALESSANDRO GONDIM
ALESSANDRO GONDIM DA FROTA, natural de Rio Branco, poeta, radialista, bacharel em Teologia, e formado em filosofia pela Universidade Federal do Acre. Estreou na poesia com o livro HOMENS E DEUSES (2017). E agora lança a sua segunda obra, O DRAMA DE SÍSIFO (2018), também de poesia. O poeta integra o movimento literário, artístico e cultural, composto por vários escritores e artistas acreanos. Sua poesia, embebida em fontes filosóficas, é marcada, sobretudo, pelo senso crítico, social e existencial. O mesmo faz parte da Sociedade Literária Acreana - SLA,
VIOLÊNCIA ESTATAL
Por Alessandro Gondim
O coração sangra
nas mãos calejadas
Os jornais vestem
os corpos Vilipendiados
A violência veste
os corpos na rua
A paz é uma vestimenta
cara demais
Violência estatal
Violência animal
Intolerância visceral
Intolerância espiral
A violência veste de lucros
os canibais sociais
Estupidamente estupra a mente
Paulatinamente estripa a alma social
Sorrateiramente insere caos
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FÁTIMA CORDEIRO
Fátima Cordeiro é
natural de Rio Branco AC, BRASIL-Nascida no dia 05 de setembro de 1970. Filha de
José Arruda Cordeiro e Antônia Valdira Mendes Cordeiro. Possui licenciatura em
Pedagogia pela Universidade Federal do Acre e atua na Educação Estadual desde
1990.É bacharel em Teologia pela Diocese de Rio Branco. Possui nível superior
incompleto em Artes Visuais pela FAAO-Faculdade da Amazônia Ocidental. Pós
graduada em Pedagogia Social e Elaboração de Projetos sistema EAD pela
Universidade Cândido Mendes / UCAM. Gosta de realizar performances cênicas como
incentivo à leitura. Atuou em diversos filmes e peças teatrais em Rio Branco,
obtendo o prêmio Melhor atriz e Melhor roteiro no 8º Festival Acreano de
Cinema (2007). Recebeu Honra ao Mérito Amiga da Cultura pela Academia Juvenil
Acreana de Letras (2015) Autora do livro Sementes de Mostarda lançado em 2016
pela Editora Sanches. Tem participação nas antologias Poetas no Divã (2016), As Faces da Morte (2017) e Além das Palavras pela Associação e Editora SLA (2018), Antologia Síndromes Contos
psicológicos Editora Illuminare (2018). É membro fundadora da Sociedade Literária Acreana - SLA (2015) e Imortal eleita da Academia Acreana de letras - AAL (2020).
POR ENGANO
Fátima Cordeiro
Tua ausência
É a presença
Que me falta.
Tens a essência
Da minha alma.
Sussurro...
Fingindo que te amo.
A noite assombra-se
Com o meu grito. .
Ouço o teu cheiro
Invadir-me
Sem respeito.
Vejo a tua música predileta
Me tocar,
Tua língua me roçando
Buscando um beijo,
Por engano...
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JEFFERSON HENRIQUE
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Poeta Jefferson Cidreira |
Jefferson Henrique Cidreira é professor, escritor, membro da Sociedade Literária Acreana - SLA (2019), é graduado em História, Mestre em Linguagem e Identidade, ambas pela Universidade Federal do Acre- UFAC. Atualmente é discente do doutorado em Território e Sociedade na Pan-Amazônia pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Imortal da Academia Acreana de Letras - AAL (2019).
ENCONTRANDO A SI MESMA
Por Jefferson Henrique
Chorar não é sinônimo de fraqueza
E o esvair da dor e da solidão
É preparar-se para novas batalhas
É humanizar-se, preencher o coração
Cada escolha é um abrir de mãos
Fechar a porta, seguir caminho
Enfrentar as consequências
Por os pés no chão
É saber de todos os desafios
Dos espinhos, das lágrimas que cairão
Contudo, mesmo sangrando
É ter certeza que elas não te consumirão
É enfrentar a si mesma
É enfrentar a ilusão
De que sem ele não viveria
É saber sangrar e ter a confiança que esses dias passarão
Que o para sempre nem sempre é verdadeiro
Nem sempre é o melhor para sua alma, coração
Se se findou, então era questão de tempo
Não era o momento, hoje é dispersão
Recarregue-se, não desanime
Esta é a estrada onde acharás teu medo, tuas incertezas, dor, esperança, amor, seu coração
Encararás a si mesma, deserto, dor, desilusão
E finalmente quando se achares desse manto de perdição, encontrarás a saída, fortalecida, Serás tu mesma a brisa e o furacão.
(JHC, 26.12.18, Rio Branco- AC)
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VALDECI DUARTE
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Poeta Valdeci Duarte |
Valdeci Duarte natural de Boca do Acre/AM. Filho de Maria Duarte e José da Silva. Reside com a esposa e filhos em Rio Branco/AC. Graduado em Ciências Contábeis, Teologia e especializações em TI, Finanças, Auditoria e Controladoria. Gosta de ler, escrever, sonhar, rabiscar ideias e correr. Autor de 6 livros e organizador de uma antologia. Uma de suas alegrias é ser lido. Por conta disso, tem desempenhado papel ativo no incentivo à leitura e a produção textual no Acre, destaque para os projetos: “sarau na Escola”, ocorrido em escolas da capital do Acre, em parceria com vários amigos autores e outros artistas; cofundação da “Sociedade Literária Acreana”, associação de escritores e artistas que fazem a cultura do livro e da leitura acontecer no Acre, sendo a razão de ser dessa entidade, apoiar escritores e artistas associados, nas suas produções; “Escritor na Escola, um sonho do tamanho do Acre”, realizado em 2019, incluindo municípios dos mais distantes da capital Rio Branco, como Jordão, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Assis Brasil. Os projetos atuais são: coprodução do programa de rádio “Aldeia Literária” e a organização da trilogia “Pandemia em Letras”.
RIO QUE ME PARIU*
Por Valdeci Duarte
Eis aí o rio,
Exageradamente querido,
Que abraça e fertiliza
A cidade da minha vida.
Este é o rio Aquiri
O mesmo que purifica o homem
Que o observa do barranco
O mesmo de muitos cantos e encantos e lendas.
Este é o rio de saudade
Que carrega os balseiros da minha vida.
O mesmo de águas barrentas, de solo fértil,
De uma história sangrenta e esquecida.
Eis aí o rio,
Depósito de podridão
E que mesmo assim alimenta
O ribeirinho, meu irmão.
Este é o rio da minha, das nossas brigas.
O mesmo que doura à luz da lua,
Que de beleza transborda
E desabriga.
Este é o rio que me pariu
Rio da minha infância sofrida
Rio de muitas voltas, de muitas idas.
Rio doce, rio branco, rio da minha vida.
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DEISE TORRES
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Poeta Deise Torres |
Natural de Dom Pedro, Maranhão, divorciada, professora, aposentada, graduada em Direito e Letras/Espanhol, Membro da Academia dos poetas Acreanos e da Academia Acreana de Letras. OBRAS PUBLICADAS (poemas) Corpo Tenso, Voz Ativa (2012); Um anjo pelo avesso; Um olhar dentro de mim; Mulher sem Definição (2018); Chispas de Paixões & Bacchanalia; Amizade em Poesia; Nos Braços de Zeus (2019); “Marias” (2020). Tem diversos poemas premiados e /ou classificados em antologias nacionais.
Não se agarre ao passado (Deise Torres)
Se você muito viveu
Da vida só o lado ‘A’;
E por amor se perdeu
E viu esse amor se acabar,
Viva agora o lado ‘B’
E largue a tristeza pra lá;
Se perca por outro amor
E deixe se conquistar.
Não lembre passado triste,
Nem passado de alegria;
Importa agora se existe
Bom futuro em profecia.
O passado não se lembra,
O futuro não se teme;
Surpresa agora é a prenda,
Também deve ser o leme.
E mesmo que inconsciente,
A gente lembre em teimosia;
Quando se agarra ao passado,
A gente morre todo dia.
Por isso eu quero um amor,
Que domine o meu coração;
Que não provoque mais dor
E só me cause emoção.
Ele pode estar n’algum lugar
Ou estar em canto algum;
Mesmo assim meu coração
Não será de qualquer um!
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Obrigada pela visita, volte sempre para ver as novidades e os novos poetas da página.
Beijokas no coração!
Maze Oliver
Boa tarde minha nobre confreira Maze Oliver! Fiqquei maravilhada em ter um poema meu em seu Blog. Li as poesias dos meus confrades e confreiras, achei uma melhor que a outra. É muito satisfatório ver em nosso estado, tantos talentos desabrochando e nutrindo o gosto por esta magnífica arte de escrever. Parabéns pelo lindo Blog. Obrigada!
ResponderExcluirObrigada Célia de Paula, Volte outras vezes
ResponderExcluirBoa tarde digníssima escritora Maze.
ResponderExcluirObrigado por postar minha poesia no seu renomado blog.
Estou imensamente orgulhoso e agradecido.
Gratidão!
O orgulho é meu em divulgar tão prestimoso trabalho!
ExcluirAbraços poéticos.
Obrigada Dr Elizeu por compartilhar excelentes informações!!
ResponderExcluirE de extrema importância essa poesia sobre o suicídio principalmente nos dias atuais em que vivemos, onde as pessoas so exergam a depressão quando alguém desiste de si mesmo .
ResponderExcluirE isso é lamentável.
Parabéns para o autor da poesia e a blogueira que resolveu publicar parabéns pelo excelente blog
Obrigada Dr Elizeu por compartilhar excelentes informações!!
ResponderExcluirQue maravilha! Adorei...Obrigada, Maze Oliver
ResponderExcluirPoeta Devanilde Souza, com muita alegria postei seu poema. Você é uma poetisa promissora! Parabéns por seu trabalho literário e atuação brilhante na história literária acreana.
ExcluirParabéns a poetisa Devanilde pelo tema Feminicídio. Sua poesia retrata nossa triste realidade.
ResponderExcluirObrigado Maze por partilhar essa poesia em seu blog. Seu blog tem uma grande importância social.
Obrigada pelos comentários. Voltem sempre!
ResponderExcluirParabéns pelo lindo blog e o trabalho crucial de informar e destacar os autores acreanos. Parabéns.
ResponderExcluirJefferson Cidreira meu nobre amigo poeta e professor. O blog é de vocês, vamos publicar!
ExcluirAmei conhecer estes poetas!
ResponderExcluirVolte outras vezes, Lisiane Oliveira.
ExcluirOlá meu povo boa tarde. Meu nome é Carlos Silva, poeta cantador, cordelista. Sou idealizador do PROJETO LEVE LIVROS, e das ações culturais: TARDE COM POESIA - exibido pelo facebook as segundas e quintas as 16:00 horas. E nessa quinta feira a partir das 16:00 horas dia 29/10, estarei fazendo leituras de dois poetas do Acre:
ResponderExcluirQuem puder, assista e compartilhe. Inscrevam-se no nosso canal TARDE COM POESIA. La no youtube tem muitos videos de nossas edições.
Parabéns pelo belo trabalho poético de vocês.
Divulgarei o Blog e colherei mais poesias para ler em nossas edições.
Carlos Silva.
(75) 99838 - 5777 meu zap.
Valdeci Duarte e da Rosangela Fonsêca
Obrigadaaaaa!abraços poéticoe!
ExcluirSugestão:
ResponderExcluirPeça aos poetas que disponibilizem seus emails,para que possamos contacta-los e trocar ideias.
Hoje declamei o poema do Valdeci Duarte(rio que me pariu e Rozangela Fonseca(SERES INANIMADOS).
Conheçam o nosso projeto: TARDE COM POESIA.
Visite-nos no youtube @TARDECOMPOESIAOFICIAL
Cantosecordeis, obrigada pela sugestão!
ExcluirVocê encontra informações sobre alguns desses autores, os associados da SLA, como: biografia, e-mail, livros,etc., nesse blog que também administro:
literaturaacreana.blogspot.com