POETAS DO ACRE


Esta página denominada POETAS DO ACRE, contém poemas de amigos  acreanos, parceiros de caminhada literária. Sejam bem-vindos!

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    ALESSANDRO BORGES 
Poeta Alessandro Borges

BIOGRAFIA

Alessandro Borges é natural de Rio Branco, Acre. É pedagogo, teólogo, poeta surdo e fazedor de cultura atuante. É presidente regional do Instituto Educando para a Paz – Brasil/Indonésia; foi vice-presidente da Associação de Cinema Acreano - ASACINE (2020); é embaixador da paz pela Faculdade da Paz, de Contagem – MG; e delegado cultural pelo Instituto VAEBRASIL – Contagem - MG (2014). É membro de diversas instituições culturais regionais, nacionais e internacionais (dentre outras):

• Academia dos Poetas Acreanos (2012); 

• Foi o primeiro presidente da SLA - Sociedade Literária Acreana 

•  Membro do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa - Portugal (2014); 

• Academia de Música, Letras e Artes de Salvador - Bahia (2014); 

• Delegação da ALAV- Academia de Artes e Letras de Valparaiso- Chile(2014); 

• Círculo de Escritores da Espanha (membro correspondente – 2014); 

• Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura – Taubaté - São Paulo (2017). 

Além desses reconhecimentos l i t e r á r i o s t a m b é m é: 

• Doutor Honoris Causa pelo Reino de Kutai Mulawarman – Indonésia e Instituto Educando para a Paz.


 UM DE SEUS INÚMEROS POEMAS: 


Sede 

 

Eu te busco como deserto de muitos braços, 

Pois que há em mim uma sede que nunca se acaba, 

Cujo desejo, assim, somente se propaga, 

Ganha força cada vez que apressa os passos. 

Do nada, num ímpeto perfeito, de repente, 

Pouco a pouco, meu sangue se rompe como estrelas, 

Sinto a boca seca, minha língua acariciar os dentes; 

Meu beijo mergulhar no chão de orquídeas vermelhas. 

Essa sede que tenho de ti, é maior que o planeta! 

Por isso, trago-te em mil pedaços de ternura... 

A enfeitar o céu com rosas e borboletas. 

Deixo meu corpo falar por trilhões de branduras. 

Assim, contarei flor por flor, estrela por estrela. 

Até que eu beba-te devagar e sem pressa, 

Sacie minha sede, já quase amarela 

À doce espera de tua boca avessa.


  ROSÂNGELA FONSECA 
Poeta Rosângela Fonseca

Rosângela Maria Farias Fonsêca, nasceu em Xapuri - AC, em 16 de dezembro de 1965. Graduada em Letras Vernáculas, pela Universidade Federal do Acre.
Pós-graduada em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica, pela Universidade Federal do Acre. 
Há 37 anos ingressou na Educação como professora. Porém, ao longo destes 37 anos exerceu a função de Coordenadora Pedagógica. Hoje, exerce o cargo de Diretora de uma escola Municipal de Rio Branco, já no segundo mandato.
A adolescência foi a fase inicial para produção de muitos poemas, quando escrevia para deleite. Atualmente é membro  e tesoureira da Associação Sociedade Literária Acreana - SLA, onde atua, com livro escrito e a intenção de lançar muitos livros.

SERES INANIMADOS

Por Rosangela Fonsêca

Simbolizam a parte dinâmica das vidas
Se mexem
Se quebram
Se acabam
Envelhecem
De nós se distanciam. 
Porém, das memórias
jamais sairão

Falo daquele Igarapé
Que marcou minha infância.
Apesar da distância
Ainda tenho na lembrança
Que seu singelo leito
Comportava água o suficiente 
para promover felicidades 
à muitas crianças 

Falo da protagonista natureza
Com sua enorme gentileza
Nos chamando pra brincar
E nesse Igarapé 
embalar...alimentar
nossas fantasias de criança

Hoje tenho um desejo
Quem sabe esse Igarapé encontrar?
Falar-lhe dos meus sentimentos 
Falar-lhe das minhas lembranças
E em seu leito novamente 
meus sonhos embalar




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 DEVANILDE SOUZA
Poeta Devanilde Souza

Antônia Devanilde Pereira de Souza, nasceu em Marechal Thaumaturgo - AC. Graduada em Letras, pela Universidade do Paraná, tem especialização em Educação Inclusiva pelo Centro Integrado de Pesquisa e Educação da Amazônia. Exerce a função de professora do Atendimento Educacional Especializado e mediadora. É Membro  Fundadora da Sociedade dos Poetas do Barão, recebeu Honra ao Mérito como professora do ano em 2013, Escola Alto Alegre II, Membro Honorário da Academia dos Poetas Acreanos , recebeu Honra ao Mérito Amiga da Cultura pela Academia Juvenil Acreana de Letras, Membro Correspondente da Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras de Manaus, Membro Fundadora da Academia de Poesia e Artes do Distrito de Campinas, Membro Efetiva da Sociedade Literária Acreana, Membro Fundadora da Federação das Academias de Letras e Artes do Estado do Acre, participou da Antologia Poética
do concurso nacional de Poesia Livre para Novos poetas pela Editora Nacional Vivera, também da Antologia de Contos As Faces da Morte e da Antologia Além das Palavras e recebeu medalha de honra ao Mérito pelo incentivo à leitura e a literatura acreana nas escolas  pelo grupo Sociedade Literária Acreana ( SLA).


FEMINICÍDIO

 Por Devanilde Souza

O retrato da crueldade
Da desumanidade
De uma mente machista,
Realidade de um ódio fetichista

A mulher tem sua vida Ceifada
A maioria das vezes morre calada,
Sem que alguém saiba da sua dor
Morta pelo Ser, que se mostra dominador.

As mulheres são assassinadas
Porque querem sua liberdade
Eles acham que tem o direito,
De tirar a vida e sua vontade.

A mulher não é escrava
Respeite sua luta por favor!
Ela não precisa submeter;
Humilhação, submissão e dor.


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 ELIZEU MELO 


Dr. Elizeu Melo


Elizeu da Costa Melo é Diretor do Centro de Estudo Teológico e Filosófico do Acre. Graduado em Teologia,  Pedagogia e Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais do Brasil. Especialista em Autismo,  Pós graduado em Ciências da Religião pela SINAL, Mestre em Ciências da Educação pela UPG - Asunción. 
PY Doutor em Psicanálise Clínica e Psicoterapeuta pela AAPC / FTB. Membro Efetivo e atual presidente da Sociedade Literária Acreana - SLA (2021) e Membro do quadro permanente da Academia Acreana de Letras - AAL (2020). É poeta e escritor literário e científico, tem quatorze livros publicados e um intenso trabalho voltado ao Ensino Especial e ao Combate ao Suicídio na cidade de Rio Branco - Acre (BR).


SUICÍDIO NÃO É REMÉDIO
Por Elizeu Melo

Suicídio não é remédio
Para curar a sua dor
Momento de grande tristeza
Até Jesus Cristo passou
Lute por sua vida
Ela tem muito valor

Algumas decisões na vida
Podem ser retrocedidas
Mas, há uma que não pode
É o caso do suicida
Por isso que Eu te digo
Lute por sua vida

Quando estamos sofrendo
Passamos a indagar
Meu Deus! Quanto sofrimento?
Quando isso vai passar?
Eu te digo meu amigo
Logo tu vai superar!

Todos nós temos problemas
Criança, homem ou mulher
Seja qual for o teu dilema
Lute pra ficar de pé
Busque ajuda e se aceite
Tenha um pouco de fé!

Converse com um amigo!
Terapeuta ou irmão
Fale até com algum padre
Se possível um sacristão
O que não pode ocorrer
É tirar a vida meu irmão

Mande a tristeza embora
E tudo isso vai passar
Se esforce por sua cura
E comece a se cuidar
Pois a vida é muito curta
Vamos logo aproveitar

A vida é o que fazemos dela, pode ser boa ou não!
Pois a vida é construída com determinação
Só você vai decidir - se quer Ser feliz ou não!

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 CÉLIA DE PAULA


Poeta Célia de Paula

Célia de Paula, acreana de Tarauacá - município acreano, domiciliada na cidade de Rio Branco. A autora faz parte da Academia dos Poetas Acreanos (APA). Escreve poesias desde a adolescência, faz delas seu amuleto e âncora de prazer. Sente-se feliz em ver que o que escreve tem agradado aos leitores de um modo geral, o que a entusiasma a continuar. Já escreveu mais de trinta livros de poemas. Muitos deles disponíveis no site latino-americano clube dos autores. Aqui apenas uma pequenina mostra do seu trabalho.


A CHUVA

Gosto de ver pingos de chuva acelerados
Trazendo ao arrebol uma harmonia bela
Eu fico a apreciá-la do vidro da janela
E os versos fluem desgovernados!

Gosto de vê-la aguar meu pensamento
Dispersando poemas soltos pelo ar
Feito folhagem que esvoaça com o vento
Lindos versos na mente vêm pairar.

Gosto de ver a chuva no cimo da soleira
Devagarzinho, esvaindo qual fosse poeira
E toda terra eventualmente vem regar!

Com seu pingar minha roseira fica florida
Que seja a chuva abençoada e bem vinda
E venha ela toda a natureza restaurar!


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CLAUDIO BRITO


Poeta e professor Claudio Brito

Antonio Claudio Brito do Nascimento, nasceu em Tarauacá -Acre em 26 de Abril de 1975. Filho de Dona Socorro Brito, professora e de Chico Chagas, seringueiro. Frequentou educação básica no ensino público e cursou Letras / Português, pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Estudante de Mestrado na área da educação. É professor e acredita que a educação é o maior suporte do desenvolvimento humano. Já possui livros publicados e faz parte do grupo de escritores da Sociedade Literária Acreana - SLA.


VIDAS 
Por Claúdio Brito

Vidas objetos
Tornadas dejetos
Em correntes lamaçais
Vítimas de engodos
 De ganas capitais.

Ecos de Mariana
Num Brasil que sofre e ama
E sequer tem o direito 
De acender castiçais.

Candelabros de injustiças
Com chamas que banalizam
Em manchetes de jornais.

Finda-se a aurora da vida
Sonhos, saltos, sorrisos
Perdidos no vale da morte
Mascarado em vales de sorte
Em propagandas e anais.

Vale o tesouro encontrado?
Por ferro se Vale a vida?
Pergunte-se a Brumadinho
Pergunte-se às suas bacias
Até mesmo aos animais:
Uma rica fauna que chora
De mãos dadas com a flora
Sem poder dizer até mais.

Pergunte-se às vidas ceifadas
Às famílias desterradas
Às vozes silenciadas
Que no vale do rio antes doce
Sorriam à toa que fosse
Mas hoje não Vale mais.

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LIDIA XAVIER


poeta Lídia Xavier 

Lídia Maria Xavier Santana é natural de Rio Branco - Estado do Acre, tem 18 anos. Atualmente estuda o último ano do Ensino Médio e mora com a mãe e a irmã. Gosta de escrever poesias e considera essa a sua melhor forma de expressão. É membro da Sociedade Literária Acreana - SLA,  desde sua fundação em 2015,  da qual participa acompanhada e estimulada por sua família.


IGNORÂNCIA DE SER
Por Lídia Xavier

Perguntei-me quem eu sou
E ao tentar me entender, me desentendi 
Minha convivência deveria ser óbvia
Mas ao tentar me entender, eu me perdi

Entrei em profunda ignorância, na ânsia de me reconhecer
Talvez eu fosse as minhas vontades, ou minhas atitudes
Em seguida, seria eu minhas virtudes?
Depois de um ato de reflexão, penso que tudo é uma parte

Eu seria meus pensamentos, dos aceitáveis aos condenáveis
Que envolveria minhas atitudes, das mais belas as odiáveis 
Seria a aceitação, das minhas diversas versões

Percebo que sou muito, mas, só as vezes
Às vezes, eu sou só às vezes 
Me fujo, e me acho de outra forma
Pois ao tentar me entender
Me refaço.

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ALESSANDRO GONDIM




ALESSANDRO GONDIM DA FROTA, natural de Rio Branco, poeta, radialista, bacharel em Teologia, e formado em filosofia pela Universidade Federal do Acre. Estreou na poesia com o livro HOMENS E DEUSES (2017). E agora lança a sua segunda obra, O DRAMA DE SÍSIFO (2018), também de poesia. O poeta integra o movimento literário, artístico e cultural, composto por vários escritores e artistas acreanos. Sua poesia, embebida em fontes filosóficas, é marcada, sobretudo, pelo senso crítico, social e existencial. O mesmo faz parte da Sociedade Literária Acreana - SLA, 
VIOLÊNCIA ESTATAL 
Por Alessandro Gondim 

O coração sangra 
nas mãos calejadas 
Os jornais vestem 
os corpos Vilipendiados 
A violência veste 
os corpos na rua 
A paz é uma vestimenta  
cara demais 

Violência estatal 
Violência animal 
Intolerância visceral 
Intolerância espiral 

A violência veste de lucros 
os canibais sociais 
Estupidamente estupra a mente 
Paulatinamente estripa a alma social 
Sorrateiramente insere caos 

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FÁTIMA CORDEIRO 



Fátima Cordeiro é natural de Rio Branco AC, BRASIL-Nascida no dia 05 de setembro de 1970. Filha de José Arruda Cordeiro e Antônia Valdira Mendes Cordeiro. Possui licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Acre e atua na Educação Estadual desde 1990.É bacharel em Teologia pela Diocese de Rio Branco. Possui nível superior incompleto em Artes Visuais pela FAAO-Faculdade da Amazônia Ocidental. Pós graduada em Pedagogia Social e Elaboração de Projetos sistema EAD pela Universidade Cândido Mendes / UCAM. Gosta de realizar performances cênicas como incentivo à leitura. Atuou em diversos filmes e peças teatrais em Rio Branco, obtendo o prêmio Melhor atriz e Melhor roteiro no 8º Festival Acreano de Cinema (2007). Recebeu Honra ao Mérito Amiga da Cultura pela Academia Juvenil Acreana de Letras (2015) Autora do livro Sementes de Mostarda lançado em 2016 pela Editora Sanches. Tem participação nas antologias Poetas no Divã (2016), As Faces da Morte (2017) e Além das Palavras pela Associação e Editora SLA (2018), Antologia Síndromes Contos psicológicos Editora Illuminare (2018). É membro fundadora da Sociedade Literária Acreana - SLA (2015) e Imortal eleita da Academia Acreana de letras - AAL (2020).

                                                                                  
POR ENGANO
Fátima Cordeiro

Tua ausência
É a presença
Que me falta.
Tens a essência
Da minha alma.
Sussurro...
Fingindo que te amo.
A noite assombra-se
Com o meu grito.            .
Ouço o teu cheiro
Invadir-me
Sem respeito.
Vejo a tua música predileta
Me tocar,
Tua língua me roçando
Buscando um beijo,
Por engano...   

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JEFFERSON HENRIQUE


Poeta Jefferson Cidreira


Jefferson Henrique Cidreira é professor, escritor, membro da Sociedade Literária Acreana - SLA (2019), é graduado em História, Mestre em Linguagem e Identidade, ambas pela Universidade Federal do Acre- UFAC. Atualmente é discente do doutorado em Território e Sociedade na Pan-Amazônia pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Imortal da Academia Acreana de Letras - AAL (2019).



ENCONTRANDO A SI MESMA 
Por Jefferson Henrique

Chorar não é sinônimo de fraqueza 
E o esvair da dor e da solidão 
É preparar-se para novas batalhas 
É humanizar-se, preencher o coração 

Cada escolha é um abrir de mãos 
Fechar a porta, seguir caminho 
Enfrentar as consequências 
Por os pés no chão 

É saber de todos os desafios 
Dos espinhos, das lágrimas que cairão  
Contudo, mesmo sangrando 
É ter certeza que elas não te consumirão 

É enfrentar a si mesma
É enfrentar a ilusão 
De que sem ele não viveria 
É saber sangrar e ter a confiança que esses dias passarão 

Que o para sempre nem sempre é verdadeiro 
Nem sempre é o melhor para sua alma, coração 
Se se findou, então era questão de tempo 
Não era o momento, hoje é dispersão 

Recarregue-se, não desanime 
Esta é a estrada onde acharás teu medo, tuas incertezas, dor, esperança, amor, seu coração 
Encararás a si mesma, deserto, dor, desilusão 
E finalmente quando se achares desse manto de perdição, encontrarás a saída, fortalecida, Serás tu mesma a brisa e o furacão. 

(JHC, 26.12.18, Rio Branco- AC) 

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VALDECI DUARTE

 Poeta Valdeci Duarte 

Valdeci Duarte natural de Boca do Acre/AM. Filho de Maria Duarte e José da Silva. Reside com a esposa e filhos em Rio Branco/AC. Graduado em Ciências Contábeis, Teologia e especializações em TI, Finanças, Auditoria e Controladoria. Gosta de ler, escrever, sonhar, rabiscar ideias e correr. Autor de 6 livros e organizador de uma antologia. Uma de suas alegrias é ser lido. Por conta disso, tem desempenhado papel ativo no incentivo à leitura e a produção textual no Acre, destaque para os projetos: “sarau na Escola”, ocorrido em escolas da capital do Acre, em parceria com vários amigos autores e outros artistas; cofundação da “Sociedade Literária Acreana”, associação de escritores e artistas que fazem a cultura do livro e da leitura acontecer no Acre, sendo a razão de ser dessa entidade, apoiar escritores e artistas associados, nas suas produções; “Escritor na Escola, um sonho do tamanho do Acre”, realizado em 2019, incluindo municípios dos mais distantes da capital Rio Branco, como Jordão, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Assis Brasil. Os projetos atuais são: coprodução do programa de rádio “Aldeia Literária” e a organização da trilogia “Pandemia em Letras”.

RIO QUE ME PARIU*

Por Valdeci Duarte

Eis aí o rio,
Exageradamente querido,
Que abraça e fertiliza
A cidade da minha vida.

Este é o rio Aquiri 
O mesmo que purifica o homem
Que o observa do barranco
O mesmo de muitos cantos e encantos e lendas.

Este é o rio de saudade
Que carrega os balseiros da minha vida.
O mesmo de águas barrentas, de solo fértil,
De uma história sangrenta e esquecida.

Eis aí o rio,
Depósito de podridão
E que mesmo assim alimenta
O ribeirinho, meu irmão.

Este é o rio da minha, das nossas brigas.
O mesmo que doura à luz da lua,
Que de beleza transborda
E desabriga.

Este é o rio que me pariu
Rio da minha infância sofrida
Rio de muitas voltas, de muitas idas.

Rio doce, rio branco, rio da minha vida.

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DEISE TORRES

Poeta Deise Torres


     Natural de Dom Pedro, Maranhão, divorciada, professora, aposentada, graduada em Direito e Letras/Espanhol, Membro da Academia dos poetas Acreanos e da Academia Acreana de Letras. OBRAS PUBLICADAS (poemas) Corpo Tenso, Voz Ativa (2012); Um anjo pelo avesso; Um olhar dentro de mim; Mulher sem Definição (2018); Chispas de Paixões & Bacchanalia; Amizade em Poesia; Nos Braços de Zeus (2019); “Marias” (2020). Tem diversos poemas premiados e /ou classificados em antologias nacionais.


Não se agarre ao passado (Deise Torres)

Se você muito viveu
Da vida só o lado ‘A’;
E por amor se perdeu
E viu esse amor se acabar,
Viva agora o lado ‘B’
E largue a tristeza pra lá;
Se perca por outro amor
E deixe se conquistar.
Não lembre passado triste,
Nem passado de alegria;
Importa agora se existe
Bom futuro em profecia. 
O passado não se lembra,
O futuro não se teme;
Surpresa agora é a prenda,
Também deve ser o leme.
E mesmo que inconsciente,
A gente lembre em teimosia;
Quando se agarra ao passado,
A gente morre todo dia.
Por isso eu quero um amor,
Que domine o meu coração;
Que não provoque mais dor
E só me cause emoção.
Ele pode estar n’algum lugar
Ou estar em canto algum;
Mesmo assim meu coração
Não será de qualquer um!

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Obrigada pela visita, volte sempre para ver as novidades e os novos poetas da página.

Beijokas no coração!
Maze Oliver

19 comentários:

  1. Boa tarde minha nobre confreira Maze Oliver! Fiqquei maravilhada em ter um poema meu em seu Blog. Li as poesias dos meus confrades e confreiras, achei uma melhor que a outra. É muito satisfatório ver em nosso estado, tantos talentos desabrochando e nutrindo o gosto por esta magnífica arte de escrever. Parabéns pelo lindo Blog. Obrigada!

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  2. Obrigada Célia de Paula, Volte outras vezes

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  3. Boa tarde digníssima escritora Maze.
    Obrigado por postar minha poesia no seu renomado blog.
    Estou imensamente orgulhoso e agradecido.
    Gratidão!

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    1. O orgulho é meu em divulgar tão prestimoso trabalho!
      Abraços poéticos.

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  4. Obrigada Dr Elizeu por compartilhar excelentes informações!!

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  5. E de extrema importância essa poesia sobre o suicídio principalmente nos dias atuais em que vivemos, onde as pessoas so exergam a depressão quando alguém desiste de si mesmo .
    E isso é lamentável.
    Parabéns para o autor da poesia e a blogueira que resolveu publicar parabéns pelo excelente blog

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  6. Obrigada Dr Elizeu por compartilhar excelentes informações!!

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  7. Que maravilha! Adorei...Obrigada, Maze Oliver

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    1. Poeta Devanilde Souza, com muita alegria postei seu poema. Você é uma poetisa promissora! Parabéns por seu trabalho literário e atuação brilhante na história literária acreana.

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  8. Parabéns a poetisa Devanilde pelo tema Feminicídio. Sua poesia retrata nossa triste realidade.
    Obrigado Maze por partilhar essa poesia em seu blog. Seu blog tem uma grande importância social.

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  9. Obrigada pelos comentários. Voltem sempre!

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  10. Parabéns pelo lindo blog e o trabalho crucial de informar e destacar os autores acreanos. Parabéns.

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    1. Jefferson Cidreira meu nobre amigo poeta e professor. O blog é de vocês, vamos publicar!

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  11. Olá meu povo boa tarde. Meu nome é Carlos Silva, poeta cantador, cordelista. Sou idealizador do PROJETO LEVE LIVROS, e das ações culturais: TARDE COM POESIA - exibido pelo facebook as segundas e quintas as 16:00 horas. E nessa quinta feira a partir das 16:00 horas dia 29/10, estarei fazendo leituras de dois poetas do Acre:
    Quem puder, assista e compartilhe. Inscrevam-se no nosso canal TARDE COM POESIA. La no youtube tem muitos videos de nossas edições.

    Parabéns pelo belo trabalho poético de vocês.
    Divulgarei o Blog e colherei mais poesias para ler em nossas edições.

    Carlos Silva.
    (75) 99838 - 5777 meu zap.
    Valdeci Duarte e da Rosangela Fonsêca

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  12. Sugestão:
    Peça aos poetas que disponibilizem seus emails,para que possamos contacta-los e trocar ideias.
    Hoje declamei o poema do Valdeci Duarte(rio que me pariu e Rozangela Fonseca(SERES INANIMADOS).

    Conheçam o nosso projeto: TARDE COM POESIA.
    Visite-nos no youtube @TARDECOMPOESIAOFICIAL

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    1. Cantosecordeis, obrigada pela sugestão!
      Você encontra informações sobre alguns desses autores, os associados da SLA, como: biografia, e-mail, livros,etc., nesse blog que também administro:

      literaturaacreana.blogspot.com

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