sábado, 14 de setembro de 2019

LEITURA E ESCRITA, INSTRUMENTO DE CIDADANIA!

Texto republicado e revisado em 05 de fevereiro de 2020

     O processo de aquisição da leitura e da escrita  na escola se constitui como importante instrumento de acesso à cidadania das crianças da periferia. Muitas vezes,  a única oportunidade de transposição de classe social.

     A experiência nos confere afirmar que as crianças mais pobres enfrentam maiores dificuldades para o aprendizado da leitura e da escrita na escola. Um dos motivos é a falta de acesso ao mundo letrado que  atrasa o processo de alfabetização da criança. Quem chega com mais experiência,  sai na frente!   Os pais trabalham o dia inteiro ou não possuem a cultura da leitura. As famílias além de não terem o hábito de ler, não dispõem de livros, revistas, jornais e outras fontes de leitura. 

     Muitas vezes, a  fonte privilegiada de informação é a televisão, com conteúdo não selecionado,  que atrapalha mais do que ajuda na educação dos pequenos.

   Assim sendo, a escola acaba por ser  a oportunidade real de contato com um dos códigos de comunicação, a leitura e a escrita, importante aquisição para o exercício da cidadania na vida adulta, pois as pessoas instrumentalizadas, pelo código escrito, poderão participar de forma ativa da vida política, social e cultural de sua comunidade, cidade ou país. 
Alunos do Ensino Fundamental do Acre
      
        








   



     Porém,  decifrar  o código somente,  não basta,  precisamos ensinar a  ler as entrelinhas,  o conteúdo que muitas vezes se encontra oculto nos textos. Uma simples historinha pode ensinar muitas vezes de forma não evidente,valores (inclusive morais), princípios ou conceitos, carregados de preconceito. A escola precisa estar atenta ao que está lendo para suas crianças. Histórias, músicas e  poemas  precisam ser analisados do ponto de vista filosófico, psicológico e social, antes de irem para as rotinas didáticas, se é que queremos fazer uma educação diferente. Se não puder trocar,  pode-se fazer a discussão crítica dos textos, com os alunos.


   Uma boa aquisição da leitura e escrita pode mudar a vida de uma criança. Gostar de ler e de escrever pode ser um refúgio ou uma forma de conhecer o mundo,  sem  mesmo sair da pobreza em que vivem. O mundo fantástico dos variados gêneros textuais, por meio das histórias, lendas, contos, crônicas, notícias,  e informações variadas  enfeitarão a vida dessas crianças, darão fantasia e entusiasmo, além de conhecimentos, com muitos momentos inesquecíveis de felicidade,  podendo se constituir no futuro,  um dos  meios de melhoria de qualidade de vida  desses alunos,  possibilitando  ascensão social, de uma  forma muito digna. Mas, para que isso se efetue na prática, nós educadores precisamos estudar mais, encontrar novas formas e caminhos para motivarmos as crianças a gostarem de aprender, evitar as formas mecânicas de ensinar, dar um sentido afetivo a leitura e a escrita na escola. É necessário embarcar na fantasia das crianças. "Pertencer" a esse mundo infantil, "ser criança",  junto com elas, por algumas horas do dia. Desprender-se um pouco da hierarquia de ser professor.

       Importante se faz que os professores também gostem de ler e escrever.

     Rosa Maria  Torres educadora, linguista, jornalista, ativista social e consultora internacional sobre educação, escreveu em seu blog:

http://otra-educacion.blogspot.com.br/2014/12/leer-por-el-gusto-de-leer-la-clave.html

"Para ensinar a ler não só tem que saber ler e aprender a ensinar a ler; você tem que ler.  
"Para ensinar a escrever não só tem que saber escrever e saber ensinar a escrever; você deve escrever.
"Este não é apenas ensinar a ler, mas motivar para a leitura e para criar condições para a leitura independente. "

     E como os pais devem ser parceiros no  processo educativo,  precisamos convidá-los a participar.  
Tenho dito a eles: leiam  histórias para seus filhos; perguntem como foi o dia  na escola; brinquem de escola com eles; peçam que sejam seus professores por alguns minutos; tirem pelo menos meia ou uma hora diária para isso. Vocês não estarão perdendo tempo,  mas ajudando suas crianças para a vida toda com esse gesto.

     Devemos ajudar os pais a compreenderem sua importante tarefa nessa jornada, outrossim para isso, é importante também que o professor goste de ler e de escrever para poder incentivar os pais e os seus alunos nas atividades do processo de aquisição da leitura e da escrita e, principalmente no gosto por fazê-lo.

     Fácil?!
     Não! 
   Para a escola pública da periferia é um grande desafio, pois  existem outros fatores que também contribuem para o fracasso dessa competência. Mas, aí já seria um outro texto!

As crianças agradecem!
      No entanto,  se houver esforço saberemos que nossas vidas  não foram em vão, que viemos aqui contribuir para um mundo melhor e mais justo.

 Maze Oliver 

Pedagoga e Orientadora Educacional formada na Universidade Federal do Acre (UFAC);
Membro fundadora e Ex-Presidente da Sociedade Literária Acreana (SLA) - Gestão: 2017 a  2019;
Membro fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC) - 2018;
Imortal da Academia Internacional de Cultura (RJ) -  Cadeira 102 - 2019
Imortal da Academia Acreana de Letras (AAL) - Cadeira 10 - 2019
      

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

QUER SER FELIZ?

TEXTO PARA REFLEXÃO
Autor: desconhecido

Uma mulher que trabalhava num banco havia muitos anos, caiu em desespero.
Estava depressiva, com esgotamento nervoso.
Seu médico, buscando um diagnóstico, lhe perguntou:
- Como se chama a jovem que trabalha ao seu lado no banco?
- Cíntia, respondeu a mulher, sem entender.
- Cíntia do quê?
- Eu não sei.
- Sabe onde ela mora?
- Não.
- O que ela faz?
- Também não sei.
O médico entendeu que o egoísmo estava roubando a alegria daquela pobre mulher.
- Posso ajudá-la, mas você tem que prometer que fará o que eu lhe pedir.
- Farei qualquer coisa! Afirmou ela.
- Em primeiro lugar, faça amizade com a Cíntia.
Convide-a para jantar em sua casa.
Descubra o que ela está almejando na vida, e faça alguma coisa para ajudá-la.
- Em segundo lugar, faça amizade com seu jornaleiro e a família dele, e veja se pode fazer alguma coisa para ajudá-los.
- Em terceiro, faça amizade com o zelador de seu prédio e descubra qual é o sonho da vida dele.
- Em dois meses, volte para me ver.
Ao fim de dois meses, ela não voltou, mas escreveu uma carta sem sinal de melancolia ou tristeza.
Era só alegria!
Havia ajudado Cíntia a passar no vestibular;
Ajudou a cuidar de uma filha doente do jornaleiro;
Ensinou o zelador a ler e escrever, pois era analfabeto.
"Nunca imaginei que pudesse sentir alegria desta maneira!", escreveu ela.
Os que vivem apenas para si mesmos, nunca encontrarão a paz e a alegria, pois somos chamados por Deus para ser bênçãos na vida dos outros.
Você já conhecia este segredo?

Pense nisso! lindo  texto 😍
Recomendado por Maze Oliver

Beijokas no coração!


Pedagoga e Orientadora Educacional formada na UFAC
Membro da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membro fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC) 
Imortal da Academia Acreana de Letras (AAL) 
Imortal da Academia Internacional da União Cultural (RJ)
     

segunda-feira, 15 de julho de 2019

CULTURA URGENTE!


    CULTUANDO O ACRE

    Cultura significa cultuar algo, complexo ou conjunto, que inclui o conhecimento da língua, arte, crença, lei, moral e costumes de uma sociedade. Obviamente cada lugar tem sua própria cultura e a cultura acreana é marcada por suas manifestações na culinária, nos hábitos, na hospitalidade e no alto grau de acreanismo, porém vem sendo modificada através dos tempos por incluir valores e aspectos de outras culturas.
   O Acre, cujo nome surgiu de Aquiri, na língua dos índios Apurinãs, "rio dos jacarés", vem lutando para conservar sua cultura, resistindo aos bombardeios culturais da TV e da  internet,  como resultado da globalização. Conhecido nos últimos anos, como uma comunidade que tem sua luta focada na preservação da "Florestania "; afinal de contas o estado possui milhões de hectares de floresta tropical, representando simplesmente parte da maior biodiversidade da terra. Por isso, nosso Acre merece cuidados!
  Refletindo: nada mais é tão destrutivo a um povo do que a morte de sua cultura, o esquecimento de sua origem, o colapso cultural. O que temos no Acre, como prato do dia, é que pouco a pouco a cultura acreana vem se modificando, readaptando-se a outras culturas, que não são nossas. Muito sério e preocupante ver nossos patrimônios  culturais abandonados ou no desuso e ociosidade.
   Que bom seria se pudéssemos resgatar nossa história, valores, sonhos e a forma de viver a vida de antes, para conservar a mente do povo mais saudável e criativa, livre das prisões culturais externas, das amarras do consumismo desenfreado do sistema econômico. Isso seria fundamental para a sobrevivência do nosso acervo cultural e da identidade do acreano ou acriano (com queiram), pois nos tornamos outro povo: robotizado e envolvido num mundo cultural importado que ao longo do tempo  foi se  construindo e recriando  nossa cultura e valores. Qual o melhor Acre para se viver? O de ontem ou o de hoje? E o que o Estado fez/faz para valorizar nossa cultura?
    Sabemos que não podemos voltar atrás, mas é importante fortalecer a literatura acreana, potencializar os trabalhos artísticos, apoiar os agentes culturais. Nesse aspecto podemos cobrar a responsabilidade do poder estatal em gerir políticas públicas: descentralizando recursos e investimentos na área cultural, pois com o esquecimento da cultura caminhamos para um abismo sem fundo, onde breve seremos  "desculturados" e seguidores de quaisquer "música", ordem e servos de qualquer senhor. Ou seja: No nosso corpo vivo habitará uma alma morta!       

Maze Oliver




Pedagoga e Orientadora Educacional formada na UFAC
Membra da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membra fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Aguardando posse na Academia Acreana de Letras (AAL)
Membra da Academia Internacional de Cultura (RJ)

     

      

quinta-feira, 14 de março de 2019

A VIOLÊNCIA DENTRO DAS ESCOLAS BRASILEIRAS

O texto abaixo, foi postado há alguns anos, mas pelo visto está mais do que atual. Desta vez a tragédia de Suzano foi bem maior: 10 mortos.
Até quando?
Por policiamento nas escolas!
Por psicólogos nas escolas! Ou nas redes.
Por uma política de empregos para as famílias!
Por mais amor pelas crianças nas famílias!


Vejamos o texto antigo!


   É muito grave o que está acontecendo no nosso país. Mais uma grande tragédia aconteceu em uma de nossas escolas. É necessário uma reflexão e investigação mais profunda sobre as causas desse fato tão lamentável. Dessa vez uma criança está envolvida e morta. O que aconteceu entre essa criança e sua professora?! 

           Uma onda de pânico toma conta dos professores por onde passamos e conversamos..

          Não se falava em outra coisa hoje na minha escola. A violência dentro das escolas brasileiras. O que está acontecendo? Fatos como esse só víamos  certo tempo atrás,  em outros países. Hoje professores brasileiros temem por suas vidas dentro das escolas; Crianças ameaçam outras; professores são agredidos ou ameaçados. Precisamos urgentemente rever nossos conceitos.

          Os sistemas educacionais (governos) precisam imediatamente rever a questão da segurança. Talvez até colocar portas como as que tem nas agências bancárias, com detector de metais para todos que nelas quiserem adentrar. Não se trata mais de um caso isolado. Todos os dias sabemos de algum fato novo. É um professor ameaçado aqui, outro atacado ali. Está se instalando uma situação insustentável. O comentário geral é: Daqui há alguns anos ninguém mais vai querer ser professor!

         É necessário voltar os orientadores educacionais nas escolas, que detectavam os problemas psicológicos  antes de  agravarem.  Pensar em um grupo de psicólogos, em número suficiente, nos sistemas de ensino,  para atender os casos mais graves de distúrbios, traumas emocionais e psicoses infantis e encaminha-los aos atendimentos públicos.  Aumentar o número de psicólogos e psiquiatras nas unidades de saúde para atender a comunidade e a demanda das escolas.  Sabemos que os postos de saúde e UPA estão com  muita procura  por esse tipo de  atendimento. Porém,  são poucos os  profissionais no Sistema  Público de Saúde. O que está acontecendo:  Falta  de profissionais?

         Também conter a ambição do capitalismo desenfreado que gera competição, consumismo e violência. Investir em políticas por mais empregos. Investir na Educação e no atendimento às famílias. Rever os horários dos programas de TV que escancaram a morte, a violência, o sexo (inclusive programas jornalísticos). É preciso selecionar os conteúdos que serão  vistos pelas crianças e adolescentes brasileiros.  Hoje,  eles estão muito expostos a todo tipo de conteúdo que ensina e outras vezes deseduca. Muitas famílias não tem condições psicológica, cultural ou financeira para acompanhar e orientar  o desenvolvimento das crianças e assim vai se formando um grande projeto de caos social para o um futuro bem próximo.

Vamos cuidar melhor das nossas crianças! Para evitar tragédias como essa.

Maze Oliver




Pedagoga e Orientadora Educacional formada na UFAC
Membra da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membra fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Aguardando posse na Academia Acreana de Letras (AAL)
Membra da Academia Internacional de Cultura (RJ)


      

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

ENCHENTE NO ACRE, DRAMA ANUAL!

Em  2024...Continua igual... Quando o homem público fará algo?

Imagem da web - Cidade de Rio Branco (AC)


   Em 2012, registrou-se uma das maiores cheias do Rio Acre. Houve caso de cidade do Estado quase totalmente tomada pela água. Milhares de famílias desabrigadas de suas casas viveram durante tempo prolongado em abrigos providenciados pelo poder público. Outras recorreram a ajuda de parentes.
    A capital Rio Branco já está novamente em alerta para o drama da enchente. Os bairros mais baixos já estão sendo atingidos com as chuvas que tem sido torrenciais neste mês de janeiro e fevereiro.
  A expectativa se instalou. O nível da água está sendo acompanhado e divulgado diariamente  pela imprensa local,  a medição de subida ou de decida. Neste final de semana o rio teve uma baixa, o que deixou a população ribeirinha e dos bairros baixos mais aliviada.
     O certo, todo início de ano algumas cidades acreanas convivem com a expectativa de uma nova enchente. Parentes se preparam para receber seus familiares. O poder público centraliza esforços para o caso de uma nova alagação. Ouve-se previsões de que a cheia será ainda maior que a última. O clima é de tensão!

   Outro agravante, é a empresa do oportunismo que também flui nessa hora.  Muitas famílias são retiradas para outras áreas mais seguras em um ano,  e no outro já venderam suas casas voltando para o mesmo lugar alagadiço, e ainda ficam solicitando providências. Políticos interesseiros,  futuros candidatos, jornalistas tendenciosos, e alguns outros interesses,  também tiram uma "casquinha".  Estes fatos dificultam e polemizam ainda mais a situação.  É o caos!

   Enfim, espera-se ano a ano por uma reforma urbana que resolva de vez esta situação. Mas, enquanto ela não chega,  convivemos com o destino que a natureza nos reserva, e com os esforços que cada um, honestamente, pode empreender.

                                                    ATÉ QUANDO?

                                                                                       BJOKAS NO CORAÇÃO!

Maze Oliver

Pedagoga e Orientadora Educacional formada na UFAC
Membra da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membra fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Aguardando posse na Academia Acreana de Letras (AAL)
Membra da Academia Internacional de Cultura (RJ)

    

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

SOCIEDADE LITERÁRIA ACREANA - CORTE LITERÁRIA

PARTE DOS INTEGRANTES DA CORTE SLA 

 CORTE SLA  


      Todos nós iremos morrer um dia. Mas nossas memórias podem ficar vivas para sempre, especialmente se escritas. Então, vou contar para vocês, usando a palavra escrita, sobre a memória da Corte SLA.

      No país, vivíamos tempos difíceis, uma política que dava medo. Não sabíamos em quem acreditar. Conhecíamos muitas pessoas desesperançosas, outras brigando por seus lugares, seus cargos, suas posições sociais. Denúncias, notícias de corrupção espalhava-se pelas redes sociais. O maior partido político do país em crise, seus líderes criticados, denunciados e contestados em praça pública.

     Rio Branco, nossa cidade, antes tão pacata, tornou-se violenta, perigosa. A vida social riobranquense noturna perdendo pouco a pouco sua liberdade de ir e vir. A insegurança, o medo tomou conta das ruas, dos becos e das vielas do centro urbano e das periferias. Nosso povo tão hospitaleiro, amigo, “dados” e “puxador” de conversa, agora se fecha em casa atrás de muros, cercas e teme sair à noite. Nosso clima também mudou. Nossas noites frias em que quando crianças dormíamos agasalhados com cobertores, tornou-se exageradamente quentes. Ventilador nenhum dava mais conta de tanto calor?!

       Como sobreviver a tantas mudanças?Frente a esse cenário, eu e um grupo de amigos escritores e artistas decidíamos que precisávamos sobreviver a esse caos! Em conversa, em julho de 2015, surgiu uma esperança, e ela estava em nossa arte, no nosso poder de criação, na nossa imaginação! O que pode nos proteger para que não sucumbamos à crise social e a insegurança em que vivíamos naquele instante e também agora.

      Foi quando inventamos a CORTE SLA. Uma espécie de fuga para o fantástico, para o imaginário, para o lúdico, para o satírico. Criamos para nós um poder fictício. De rir e brincar no caos. Surgiram assim, o rei, a rainha, a bruxa, o palhaço, as fadas, as bailarinas e os dançarinos para alegrar nossa vida, onde cantar, dançar, contar histórias e versalizar nossas dores, dúvidas, frustrações e principalmente potencializar nossa capacidade de fortalecer nossa arte, o que a partir de então passou a ser fonte de vida e de prazer, superando nossas tristezas e agonias. Nesse tempo já estávamos em novembro de 2015, acabava de nascer em Rio Branco, no Acre, a CORTE SLA, para viver além e aquém do seu tempo, misturando passado e presente, na expectativa de sermos felizes, mesmo nesse tempo difícil, nos enchendo de poderes que emanam da imaginação e da arte.


OUTRAS FOTOS DA SLA NO ARQUIVO FOTOGRÁFICO DO BLOG - À SUA DIREITA


 Maze Oliver




Pedagoga e Orientadora Educacional formada na UFAC
Membro da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membro fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Imortal da Academia Acreana de Letras (AAL)
Membro da Academia Internacional de Cultura (RJ)


                                                 

Conheça minhas obras:

http://umpensamentovirtual.com.br
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http://clubedeautores.com.br/authors/157692
Face book : /maze.oliveira2
CONTATOS: Email:mazeoliver1@gmail.com

         

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

HIPERATIVIDADE, UM TALENTO MUITAS VEZES DESPERDIÇADO!

          HIPERATIVIDADE - TDAH
       Por Maze Oliver

Texto revisado em abril de 2020.


O Transtorno de Déficit de Atenção, mente TDAH ou como é popularmente conhecido Hiperatividade é caracterizado pela instabilidade na atenção, impulsividade e hiperatividade física ou apenas mental. Na família e na escola, uma criança TDAH não diagnosticada pode ser mal interpretada e ter seus talentos naturais tolhidos ou mesmos desperdiçados.

       Se manifesta ainda na infância, em ambos os sexos, perdurando na maioria dos casos  na vida adulta. Trata-se de um funcionamento mental acelerado, inquieto. Porém,  de grande potencial criativo. Apresenta dificuldade de concentração (desatenção) ou hiper concentração (concentração exagerada), principalmente em atividades de interesse espontâneo (jogos, esportes, atividades artísticas); comportamento impulsivo, ou seja, age depois pensa e velocidade na atividade física (agitação) ou mental. Esses sintomas determinam a mente TDAH, necessitando de diagnóstico precoce e recondução que lhes possibilitem o aproveitamento de suas habilidades naturais.

     Atenção! A hiperatividade física nem sempre se faz presente, o que dificulta muitas vezes o diagnóstico. Nesse caso, a dispersão pode ser o fator preponderante para confirmar a presença de hiperatividade mental,  principalmente se houver casos de hiperativos na família ou se a gravidez da mãe passou por traumas neonatais. Esquecimentos frequentes, impulsos, desorganização,  dispersão (alheiamento, isolamento, distração) e   hiperconcentração (é capaz de ficar o dia inteiro fazendo a mesma coisa) estão sempre presentes no comportamento da criança com o transtorno. Ao observar os citados sintomas procurar imediatamente um especialista para acompanhar o desenvolvimento da criança.

     As crianças TDAH sofrem psicologicamente na família e na escola.  Seu comportamento impulsivo, elétrico ou disperso não é  compreendido. Recebem rótulos desagradáveis (desmioladas, da lua, cri crí, etc).  São consideradas verdadeiras pestinhas, tanto por outras crianças como pelos adultos.

      O cuidado é necessário, porque não acompanhada a criança pode desenvolver outros problemas em consequência da dificuldade na interação social. Na escola, geralmente apresentam problemas de aprendizagem. Pode ser também que a criança possua um outro transtorno,  de sintomas muito parecidos. Por isso o diagnóstico é fundamental.   Sem ajuda, serão adultos com problema de autoestima, confusos, desorganizados e perdidos em seu turbilhão de pensamentos incessantes. Muitos podem numa fuga, recorrer ao uso de drogas na tentativa de fugir de seus conflitos internos, o que significará grandes prejuízos ao seu futuro profissional e pessoal. Porém, o diagnóstico (que se confirma após os sete anos de idade)  só pode ser feito por um profissional habilitado, pois há casos que apresentam apenas  traços de hiperatividade, não sendo hiperativas de fato. Outros casos  melhoram consideravelmente até a  adolescência.


         Há casos também,  em que a criança apresenta alguns dos  sintomas por falta de orientação adequada ou  limites,  não tendo nada a ver com o transtorno, sendo apenas peraltices.


      Confirmado o diagnóstico,  alguns profissionais já utilizam o uso de remédios para melhorar o dia a dia da criança TDAH, muito embora alguns já a  considerem mais como um funcionamento cerebral diferenciado do que propriamente doença, sendo o uso do remédio opcional, dependendo do tipo e grau  de hiperatividade.

       Mas, de tudo o que foi dito existe um lado muito bom que pode ser aproveitado! O grande potencial criativo da inteligente mente TDAH. Muitos artistas, intelectuais, cientistas ou mesmo gênios antigos ou da  atualidade,  foram ou são hiperativos  que desenvolveram seus dons com dificuldade, lutando contra o preconceito e a discriminação social.



       Descobrir os talentos de uma criança hiperativa e apoiá-la, torna-se fundamental para o desenvolvimento do seu potencial inteligente e criador, uma de suas características mais marcantes. Amenizando assim as angústias e o sofrimento para a criança e sua família que muitas vezes se sente aturdida, sem saber como lidar com essa realidade. Canalizar os impulsos  dos hiperativos para algo produtivo poderá contribuir para a busca da sua  felicidade e a realização pessoal.

                                                                                         BJOKAS NO CORAÇÃO!

Maze Oliver

Pedagoga e Orientadora Educacional formada na UFAC
Membro fundadora da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membro fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Imortal da Academia Acreana de Letras (AAL)
Membro da Academia Internacional de Cultura (RJ)