quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

POEMA - Ano novo



ANO NOVO, NOVO SONHO!

É no novo que emerge
O antigo sonho que te refaz
É na velha esperança
Que a pequena chama jaz.

E o velho espelho que quebrou
levando embora tua imagem
Junta os cacos, somatiza!
Traz de volta teu semblante.
Separa o joio do trigo,
E renasce, deslumbrante!

E o caminho que ousaste desistir  
Abre-se como por encanto
Se transforma em novo sonho 
E confiante retornas
Para o início da trilha e sorri!


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CONTATOS: Email:mazeoliver1@gmail.com

Beijokas no coração!
Maze Oliver

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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

POEMA - Quem se importa


QUEM SE IMPORTA

 

Vida curta...vida breve

Ferida aberta, amor alado

Fantasmas do passado

A descortinar, enganar.

O sopro da paixão

Sofreguidão.

Explicar o amor

ou o desamor...

Quem consegue?

De pé na soleira da porta

Não se importa,

Nada importa.

Lágrimas fazem esquecer?

Quem se importa?


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Beijokas no coração!
Maze Oliver

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

MICRO CONTO

 ERA UMA VEZ...

Maze Oliver

      Era uma vez uma menininha que amava seu pai, ele era o seu herói. Mas ele era frio e distante e nunca lhe deu um abraço. Então ela cresceu achando que não merecia ser amada e sofreu muito com esse engano. Um dia ela conheceu um Anjo que lhe fez descobrir esse pensamento errado, pois ela era linda e amável. Depois disso ela perdoou o seu pai e viveu feliz, não para sempre, mas todos os momentos que pôde.

Imagem da NET.

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Maze Oliver

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

SONETO

 SONETO AO AMOR - Homenagem à Camões

Maze Oliver

Não falarei, Camões, não direi nada, 

para em teus versos líricos guiar-me, 

cantar nas notas deles e inebriar-me

da glória de amar sem ser amada.

 

Oh, tu Camões ajuda-me prezado. 

Em fantasias e ilusões a embriagar-me. 

Um último desejo meu: beijá-lo

ao cantar para ele um lindo fado.

 

Camões, de bela, rima rica e rara, 

de ti faço-me verso e poesia,

qual Rosa de Saron, roseira cara.

 

E digo mesmo longe da maestria:

se com versos como os teus eu o encantara, 

a ti, grande Camões, eu brindaria.

 

Maze Oliver - 17.12..2020


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Maze Oliver

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

MICRO CONTO- Era uma vez...

 ERA UMA VEZ...

Era uma vez um povo amedrontado com um monstro invisível e mortal. Todos viviam escondidos em suas casas e quando saiam se protegiam com armaduras de tecidos que lhes cobriam parte do rosto e se perguntavam quando apareceria um super herói para criar uma arma capaz de derrotar aquela "coisa" tão mortal; muitos - mesmo com medo ou lutando morreram, outros salvaram-se por possuírem uma arma também invisível.

MICRO CONTO
Maze Oliver - 09.11.2020

Beijokas no coração!
Maze Oliver

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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

POESIA - Se você primeiro se for

 SE VOCÊ PRIMEIRO SE FOR

Por Maze Oliver


Se você primeiro se for
Meu jardim perderá as flores
As lágrimas de mim brotarão
Os anjos tocarão trombeta

Pela dor do meu coração. 💓

Se você um dia, primeiro partir
Metade de mim partirá junto,
Não sei se conseguirei viver
Talvez com você seja melhor eu ir.



 



















Beijokas no coração!
Maze Oliver

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sábado, 7 de novembro de 2020

POESIA - O Poeta e o amor

 O POETA E O AMOR💓

Por Maze Oliver

 

Amor, eterna procura...

Busca existencial do poeta,

Sem palavras de definição:

Paixão, loucura, indefinição.

 

Amor incondicional, platônico,

Generoso, infinito, altruísta,

Semente de ilusão,

Do poeta, eterna inspiração.

 

Emoção que vira explosão

Chuva de lágrimas, bem querer,

Fantasia, saudade, afeição...

 

O poeta encontrou o amor 

E dele fez ternura, carinho,

Ilusão, poesia e canção.


Beijokas no coração!
Maze Oliver

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

POEMA - Espelho meu...

 

ESPELHO MEU...

Por Maze Oliver

 

Da vaidade quero despir-me da chama

Livrar-me do espelho que me envaidece

Minh' alma por mim amada, me aquece,

Esse amor a mim, no entanto, a dor engana.

 

O prazer de ver-me, meu olho não sacia

Tal qual Vênus, orgulho-me da beleza dada

Que por Pares, um dia foi presenteada,

Segue a enganar-me e ainda alivia.

 

Eu, mortal, bela e soberba vaidade

Preciso matar das entranhas o egoísmo,

Para que possa ver, enfim, a verdade.

 

Clamo eu aos Deuses, livrai-me do abismo

Espelho meu, drama da minha vontade!

Deixai-me ser eu bela, como o lirismo!

Beijokas no coração!
Maze Oliver

Poema de Maze Oliver  publicado na Antologia 2020 da Academia Acreana de Letras. Com lançamento previsto para 13.12.2020. 

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sábado, 29 de agosto de 2020

POEMA - Resiliência

 

RESILIÊNCIA


Sou símbolo da perseverança 

Sou símbolo da resistência

Sou símbolo da resiliência,

Pois de mim, sou esperança!

 

Se me cortam, vingo de novo!


Em:29.08.2020

Maze Oliver

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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

POEMA - Príncipe II

PRÍNCIPE II


Era uma vez uma princesa,

Que com o príncipe foi passear.💓

Cavalgaram pelas montanhas

Até a noite chegar.

 

O príncipe foi-se embora,

E a princesa pôs-se a chorar.

 

Mil noites se passaram,

E a princesa continua

O seu príncipe a esperar.

Na mais distante das montanhas,

Ainda no mesmo lugar.

 

Alguém diz a essa princesa

Que ele não voltará!

E que ela precisa

À sua vida retornar.


Do livro PAIXÕES, Edição 2019. 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

POEMA

ACRE

Nasci no Acre
Terra de índio e de índia,
Sou meio índia, pele de sol,
Sangue forte.
Da minha gente tenho orgulho,
Sou do Norte.
Sou cabocla da floresta
O chão do Acre beijei.
Sou mulher quase índia,
Eu sei.
Nos mistérios da mata,
No calor do Acre, me gerei
No aceiro da mata me criei.
Acre que dizem fraco, ledo engano...
Ele é rico e soberano,
Pena que sua riqueza
Esvai-se nas mãos de poucos.

 Por Maze Oliver, poema do livro Paixões, edição 2019.
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Beijokas no coração!

segunda-feira, 13 de julho de 2020

CONTO A primeira escola


A PRIMEIRA ESCOLA, AINDA NA MATA
Foto Hermógenes Neto / Escola Zona Rural Atual
         Mariana era bem pequena, sete anos; na sua infância as crianças entravam na escola com essa idade. Não lembra se a escola era feita de palha, madeira ou tijolo, mas lembra-se que era pequena, uma sala só! Com certeza era de madeira, matéria-prima farta e também muito resistente. Tão resistente que ainda hoje encontramos escolas construídas de madeiras, tanto nas cidades quanto nos seringais ou em colocações.
        A professora também era uma só. Não lembra o nome dela, que pena! Sua mãe dissera-lhe que o nome da professora era Alice. Oh! Alice, sempre você, de tantas estórias! Não precisa nem dizer que era na estrada, no aceiro da floresta, na zona rural. Sim, porque moravam na floresta, numa colônia muito distante da cidade, alguns quilômetros da escola rural, porém ela gostava muito de ir à aula. Era uma verdadeira aventura!
      Como não podia ir sozinha, os pais a mandavam para outra colônia, dois quilômetros longe, onde morava um tio seu com sua família: Daniel, sua esposa Nilda e seus filhos. Para chegar na tal colônia dos tios, a sua avó paterna Dona Noêmia, a levava por dentro da mata, ainda de dia. Esse "passeio" durava algumas horas e era encantador, pois ouviam o canto dos pássaros da floresta. Ela ficava encantada com o som da mata e o canto mágico do Uirapuru, lindo demais! Um dia a avó falou-lhe que quem já ouviu o canto desse pássaro teria só felicidade na vida. Será?! Elas iam caminhando e a avó ia dizendo o nome dos pássaros que iam ouvindo e contando estórias sobre eles e de outros bichos da floresta: jaguar, tatu, cobra... falava até dos seres encantados como o Curupira e o Mapinguari e de outros seres mágicos da floresta, ouvia lendas de índias guerreiras, estórias de feiticeiras, fadas encantadas, homens maquiavélicos, moços heróis e gente do bem. Ela escutava tudo com muito interesse e nem tinha medo. Aliás, só tinha medo mesmo era quando seu pai, conversando com seus amigos, falava numa tal de reforma agrária, ele dizia que quando ela viesse, iria destruir tudo! Fazendo rico perder suas terras e que esses iam fazer de tudo para que ela nunca viesse! Então, a menininha imaginava essa reforma como um monstro de várias cabeças, enorme e muito feio e que tinha grande força e furor! Quando escutava falar dela, à noite tinha muito medo, custava a dormir, já que seu pai falava muito sobre isso, pois sonhava em ter um pedacinho de terra seu mesmo, para plantar e para colher.  Nessas noites, ela cobria-se dos pés à cabeça com medo da reforma agrária vir lhe pegar! 
        É que a criança leva ao pé da letra, tudo o que o adulto fala e fantasia o que ouve. Por isso, não podemos conversar coisas sérias na frente de crianças, pois nunca se sabe o que ela irá imaginar! O tempo passou, a menina cresceu, seu pai faleceu e essa tal reforma agrária nunca veio!
       Ao chegarem na colônia dos seus tios, sua avó voltava para casa e ela lá ficava, para no outro dia ir com seus primos à vila onde ficava a escola. Eram vários primos e primas. Quando iam dormir eram muitas as histórias que ouviam juntos: dos acontecimentos do dia, das peraltices, das caçadas, das pescarias e até estórias de assombração. Então, até a hora de dormir realmente era muita fantasia, imaginação e às vezes uma risadagem só!
      Antes de amanhecer o dia, no primeiro canto do galo já estavam de pé. Tomavam o quebra-jejum (3) com leite tirado da vaca. Suas primas arrumavam os lanches, com farofas de ovos, de carne, de jabá, banana frita e bodós. Tudo ia em latas de leite secas, essas eram as suas lancheiras! Saíam ainda com escuro, pois a escola era longe! Pegavam a estrada e iam andando correndo, cantando e conversando.
     Quando chegavam à escola, sempre atrasados, o sol já esquentando o lombo, como dizia seu pai, a professora já estava dando tarefas, mas eram bem recebidos​ por conta da distância em que moravam. Foi nessa escola que Morgana recebeu as primeiras lições e estudou o alfabeto, ainda na velha cartilha de ABC, tão temida por muitos e criticada hoje pelos pedagogos. Na sala de aula, haviam alunos de várias idades, era uma turma mista, alguns estudavam ainda as letras, enquanto os maiores faziam contas. A professora polivalente, "coitada", tinha que dar conta de vários conteúdos e contextos ao mesmo tempo. Hoje ainda existem esse tipo de escola, nos aceiros da floresta, pelo interior do estado aqui no Acre.
      Na hora do lanche comiam animadamente suas farofas de ovos, de carne de sol, a Jabá, ou pão de arroz feito com farinha de arroz; às onze horas retornavam ao caminho de volta para casa. Ela até hoje recorda uma das brincadeiras que faziam nesse caminho de volta, que era bater numa plantinha, a Mimosa Pudica (4), que havia na beira da estrada e a chamavam de Maria - diziam eles: 

     - Maria, fecha a porta que teu pai morreu!
       Surpresa mesmo ficou na primeira vez que viu a planta se fechar todinha, diante dos seus olhos infantis e curiosos. Então pensou: as plantas são vivas de verdade, elas se mechem! E os carrapichos? (5) Era uma festa! Brincavam da manja (6) e correndo, os carrapichos grudavam nas suas roupas e até nos cabelos. Mas para aquelas crianças tudo isso era festa, faziam até artes plásticas, verdadeira arte, com aquelas bolinhas que grudavam nas roupas.
     Chegava em casa já quase ao meio da tarde e pouco tempo depois, já era hora de voltar de novo com sua avó, no caminho da mata para a casa de seus tios, esperar outra vez, pela aula do dia seguinte. Para sua vida de criança esses foram os melhores momentos com sua avó, seu alicerce emocional, horas de aconchego, carinho e amor, e ainda foram essas as melhores aventuras que viveu na sua infância, nos confins da floresta da Amazônia, por conta de sua primeira escola.
     As aventuras vividas na mata com a avó paterna e as primeiras experiências da escola, por toda a infância, renderam-lhe uma imaginação fértil, amor às estórias fantasiosas e força vital para transpor as dificuldades que viriam a seguir com a morte de sua amada avó, dona Noêmia, que falecera por uma febre comum das áreas de mata, o Sezão, conhecido cientificamente como Malária (7). Depois desse fato o cenário do aceiro da mata mudou trazendo melancolia e tristeza no cair da tarde, pois a cruz e a sepultura, virou contraste com o lindo arco íris que aparecia no céu.
       Triste mesmo foi mudar depois para a cidade e deixar sua amada avó lá enterrada no terreiro de casa, fincada no chão feito árvore encantada e abandonada para sempre no aceiro da floresta, mas lá era o seu lugar, a mata, onde viveu a sua vida inteira, como seringueira, "mulher selvagem", “mulher onça” da mata, descendente de nordestinos, forte e determinada a sobreviver, como todas as acreanas da floresta. 
        Morgana aprendeu muito cedo que até os fortes um dia morrem.


Fragmento do livro virtual, aqui neste blog, Memórias de Mariana, de Maze Oliver publicado no link abaixo:

sábado, 27 de junho de 2020

POEMA - Eu sonhei

EU SONHEI 
Por Maze Oliver

Sonhei por anos inteiros
Sonhei com a igualdade
Com ingenuidade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei com a poesia
Sonhei com a amizade
Com a fraternidade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei com a dor da saudade
Andei com as flores do campo
Com a força de vontade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei com a pura Arte
Sonhei com a verdade
Brinquei com a falsidade
Sonhei pela metade
Agora eu sei.

Sonhei demais por todos
Por mim e pelos outros
Acordei com toda a certeza
Sonhei pela metade
Agora eu sei.


Beijokas no coração!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

- NOTA - Mais um livro!

   Finalmente conclui meu sétimo livro Memórias de Mariana. Você pode ler aqui mesmo no BLOG na página Memórias de Mariana. Procure acima  próximo a IMAGEM de CAPA do blog.
  Estou muito feliz  em poder compartilhar com vocês. O arquivo segue para revisão final e impressão em gráfica. Compartilhei aqui devido a Pandemia!

   Aguardo a leitura de vocês e os comentários aqui mesmo no blog! Ansiosa!

Maze Oliver


       POSFÁCIO DE MEMÓRIAS DE MARIANA

        Foi com um misto de receio e surpresa, quando aceitei o convite da escritora Maze Oliver, na incumbência de escrever o posfácio de Memórias de Mariana. É como se eu fosse convidada a adentrar, descalça, sozinha, em um mosteiro, com reverências, pois, trata-se de uma obra feita com alma, corpo e espírito.
        Consigo ouvir o pulsar do coração de Morgana outrora Mariana como, também, de suas lágrimas. Os pés descalços e frágeis da menina-personagem a passos firmes e decididos da Mulher que se tornara a cada situação que a vida vai lhe apresentando. As texturas das paredes do coração da personagem que, inicialmente, apenas luz e sombra, mas, depois, cores e mais cores numa intensidade de degradês de sua preferência. Porque será ela quem vai dar o tom para a sua própria vida! Sua voz ora alegre, ora tristonha, nos convida a ler as suas aventuras. Suas mãozinhas, miúdas, afáveis, juntam-se ás nossas no convite para uma história surpreendente até a fase adulta de uma mulher que vive o seu próprio tempo na pele de Mariana e, depois, Morgana que significa para algumas fontes, "nascida do mar", no caso de nossa personagem, ela é nascida na mata, região amazônica, filha de uma’’ uma cabocla forte’’, "mulher selvagem", “mulher onça’’ ... Percebemos a candura de menina ao brincar de casinhas com suas latas e a boneca de pano que a avó costurava para ela como forma de carinho. Ao mesmo tempo “levantando-se antes de amanhecer o dia para ir à escola com farofas de ovos, de carne, de jabá, banana frita e bodós em latas de leite secas, essas eram as suas lancheiras!’’, Sobrando alegria para que se divertir tocando com as pontas do dedo as plantinhas à beira do caminho. “Maria fecha a porta o teu pai morreu’’ Vamos nos identificando com a sua luta. Vamos torcendo por ela na vontade de, também, como ela, desabrochar na vida cheia de sonhos e ilusões. Mulher seringueira, forte, destemida que não aceita o que lhe é imposto. Vai refletindo, sofrendo com desilusões, com as diferenças, criando uma consciência que uns vivem em melhores situações do que outros. Sofre! Sente raiva! Angústia! Ao mesmo tempo, traçando novos rumos, há de ter uma nova saída! Não é ali que deseja ficar a nossa personagem. Diante do silencio e da contemplação! Ela deseja conhecer o mundo e seu dissabores.
        A autora faz uso de narrativa onisciente, com descrições subjetivas e psicológicas. A impressão que temos é de que a personagem vive em um’’ universo paralelo’’. Ou seja, o que ela vive e o que realmente gostaria de vivenciar, experimentar. O que esperam dela e, o que realmente, ela gostaria de ser. O que ela tem e, o que realmente importaria ter. Para onde tentam levá-la e, para onde, realmente, ela desejaria ir... Em dado momento, até parece que a personagem é cada uma de nós! Mesmo que seja tomando um delicioso chá de ervas devido a situação de pandemia vivida pelo mundo todo neste século XXI! Nos fazemos representadas por Morgana, Poeta da vida, de amores, conflitos e da liberdade. A diferença é que ela está registrando (risos), mas, quem sabe, também, nos convidando a também escrever o nosso diário! O nosso livro! A valorizar os momentos, as pessoas amadas, os pequenos gestos de gratidão, a ternura e a natureza. Pois, tudo vai passando, devagarinho, aos nossos olhos, lapidando o coração de nossas memórias...

Fátima Cordeiro
Junho/2020
Escritora, professora e poetisa. Imortal eleita da Academia Acreana de Letras (AAL) e membro fundadora da Associação Sociedade Literária Acreana (SLA)

Beijokas no coração!