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Escritora Maze Oliver (pseudônimo)


EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA, E OUTROS TEMAS

 Aqui está inicialmente meu artigo mais lido. Outros artigos abordando aspectos da Psicologia, Educação, etc., você encontrará nos arquivos do blog. Eu os escrevi antes mesmo de organizar esta página.
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                                                   Bjokas no coração!


"Escorpiões, camaleões e sanguessugas"! ( texto atualizado em 2024)

          Os psicopatas estão por ai, às vezes mais próximos do que imaginamos. São pessoas perigosas e não muito fáceis de identificar. Fazem qualquer coisa para conseguir seus intentos. São maquiavélicos, racionais, falsários, manipuladores e dissimulados. Precisamos estar atentos, pois eles podem estar bem aqui do nosso ladinho! Aqui vai algumas dicas para ajudar a desconfiar do nosso "amigo escorpião".

          Quando falo "escorpião" é no sentido de sua natureza fria e traiçoeira! Ele não terá misericórdia, pois sua índole é não sentir remorso! São insensíveis e não sentem culpa por nada. Eles possuem uma deficiência no campo das emoções! Quando choram ou estão fingindo ou frustrados! Não amam ninguém, quando demostram afeto ou ciúme é pura  falsidade ou posse. Não se apaixonam, não ficam tristes, não se emocionam de verdade. Suas emoções são rasas (fracas).

               Algumas pessoas acham que todos matam, saem nos jornais, e etc. Porém, existem três tipos: os leves, moderados e graves. Podemos perfeitamente conviver com um tipo leve e não reconhecê-lo. Não se iluda,  os três tipos são altamente perigosos e calculistas, capazes de detonar com a sua vida! Entre eles estão os falsários, estelionatários, falsos religiosos,  empresários ou  políticos inescrupulosos, ou aquele seu amigo(a), ou parente bem próximo que você acha inofensivo!

               Para reconhecê-los ou pelo menos desconfiar, devemos observar as atitudes, nunca confiar nas palavras, ou nas aparências, pois como já disse: dissimulam. Se fingem de bonzinho, amável, sociável.  Rapidamente ficam  íntimo (quando interessa), com intuito de descobrir pontos fracos para atacarem quando lhes convier.

               Estão sempre culpando os outros por suas próprias falhas (racionalização). Não admitem  seus erros, são sempre vítimas! Se necessário, se fazem de coitadinhos! Pobres sofredores! Do sistema... da família...dos amigos... dos inimigos, etc. Quando conviver com alguém com esse tipo de conversa, muito cuidado! Os psicopatas sempre inventam uma boa história para contar, comover ou  impressionar. As pessoas de bom coração são seu alvo preferido. São mais fáceis de enganar. Quando desmascarados assumem sua verdadeira personalidade. 

          Devemos observar como tratam a  família, pois esse tipo não considera ninguém! Se for necessário usa qualquer um de sua prole, até mesmos seus filhos,  em seu próprio benefício! As pessoas são meros  objetos e quando não lhes servem mais, as descartam como se fossem lixo! Mesmo que seja a própria mãe!

          Os psicopatas apresentam alterações de comportamento, muitos já na infância, é quando surgem o festival de  mentiras,  trapaças, furtos,  tratamento cruel  com animais, com  coleguinhas, praticam bullying  e nunca demonstram arrependimento. Quando adultos aprendem a disfarçar e dissimular sua verdadeira personalidade insensível. Não por sentirem medo,  pois um psicopata dificilmente sente medo de verdade, seu medo é raso, e só serve para que ele se defenda e seja mais cuidadoso, para  aproveitar melhor as situações. É aí que tornam-se mais perigosos. São indiferentes, frios. Podem atropelar tudo e todos sem a mínima culpa ou compaixão! Essas alterações vão permanecer por toda  sua vida. É uma forma de ser. Os melhores educados podem levar vida dupla ou se planejarem melhor. 

                 Ouça o que eles falam, muitas vezes soltam sem querer algum  tipo de "veneno", com frases do tipo: "Não tô nem aí, fulano que se lixe!  Quem manda ser trouxa!"  "Ele pediu isso". Não tem empatia. Por isso, "ouça!" pois temos uma boca para falar, dois olhos para ver e dois ouvidos para ouvir. Depois compare as palavras com as atitudes. É sempre mais prudente! Mas, não se engane é muito difícil descobrir a verdadeira personalidade do psicopata, porque ele se disfarça. 
 
               Alguns são pessoas altamente sedutoras, com conversas divertidas e agradáveis, são hábeis em manipular, se mostram superiores em suas falas, porém qualquer sinal de perigo que possa estragar seus planos, disfarçam e com frieza mudam o curso da conversa ou da ação,  para enganar e não deixar pistas. São verdadeiros camaleões e profissionais no disfarce!

         Robert Hare, Professor Emérito de Psicologia na Universidade da Columbia, Canadá. Um especialista com vinte e cinco anos de pesquisas e estudos sobre a Psicopatia diz em seu livro Sem Consciência - O mundo perturbador dos psicopatas que vivem entre nós.

         ..."Qualquer um de nós pode cruzar com essas pessoas, pode ser enganado e manipulado por elas, pode ser forçado a conviver com elas ou a reparar os danos que são capazes de causar. Para esses indivíduos, com frequência encantadores, mas sempre de maneira fatal, há um nome clínico: psicopatas. Sua marca registrada é uma assombrosa falta de consciência; seu jogo é a autossatisfação à custa dos outros. Muitos passam algum tempo na prisão, outros não"... Página 19.

           Só mais algumas dicas, não cumprem regras sociais, as consideram como simples obstáculos que precisam ultrapassar. Não aceitam nenhum tipo de autoridade. Não tem consciência. Não sentem culpa, nem empatia por nada, nem ninguém. Diz ainda Robert Hare: "Eles parecem incapazes de se colocar no lugar do outro, de estar na pele do outro, a não ser no sentido puramente intelectual. Página 59." 

         A maioria deles, gostam de dinheiro, mas não gostam de trabalhar. Fazem de tudo para sua auto satisfação e se puderem vivem as custas do suor dos outros. São verdadeiras sanguessugas!

     Alguns, agem sempre em seu próprio benefício, são egoístas, mentirosos, irresponsáveis  e vingativos. Quando frustrados tornam-se agressivos ou até mesmo violentos. Existem em qualquer raça ou meio social. Representam um  percentual pequeno da população,  porém são responsáveis por muitos males da sociedade, devido seu potencial para manipular pessoas frágeis,  gerando efeito multiplicador  nas suas ações negativas. Lideram pessoas,  grupos pequenos ou grandes: amigos, família, setor de trabalho, instituição, empresas,  igrejas, partidos políticos, facções, etc.

         Não esqueça!  Fazem parte do mundo e não podemos ignorá-los. Então já sabe, fique esperto!
        
       No entanto, existe uma parcela de psicopatas chamados de psicopatas funcionais, estes utilizam suas personalidades de forma calculada para serem bem sucedidos profissionalmente. Kevin Dutton, psicólogo e estudioso renomado, da Universidade de Oxford (Inglaterra) e membro da Sociedade para o Estudo Científico da Psicopatia, que pesquisa os avanços da Neurociência e da Neuroimagem, em seu livro, A sabedoria dos psicopatas: o que santos, espiões e serial killers podem nos ensinar sobre sucesso, páginas variadas (orelha do livro, página 13, ) Ele afirma que: "em determinadas áreas, quanto mais "psicopata" for o indivíduo, maiores serão suas chances de sucesso." ..." a sociedade em que vivemos está mais psicopática do que nunca."..."A noção de que transtornos mentais ocasionalmente podem ser úteis, de que podem conferir imensa angústia, quanto extraordinárias e estranhas vantagens a seus portadores, não é novidade. Como observou o filósofo Aristóteles há mais de 2.400 anos."...Mas eu também conheci psicopatas que, longe de devorarem a sociedade por dentro, servem, por meio de atitudes claras e da capacidade de tomar decisões difíceis, para enriquecê-la: cirurgiões, soldados, espiões, empreendedores - e, ouso dizer, mesmo advogados."... 

         Estes últimos, citados por Dutton no parágrafo anterior, são os  psicopatas funcionais. E vejam o que ele escreveu (página 200) em relação aos santos: "...evidências sugerem, que nos corredores do cérebro, psicopatia  e santidade dividem um secreto espaço neural de trabalho...".  Ele os compara em relação aos altos comandos racionais do cérebro, nos dois casos. 

         A Ciência no seu conjunto, ainda não tem um consenso sobre as causas da Psicopatia. Existem várias teorias sobre o assunto. Fatores genéticos? Sociais? Psicológicos? Alguns pesquisadores defendem a teoria de que já nascem assim. Outras teorias, dizem que ficam piores com as experiências traumáticas. Mas, pesquisas mostram que alguns funcionam bem, independente de traumas. Ou seja, se relacionam bem com o trabalho e não chegam a serem criminosos. Assim, dar para concluir que cada ser humano é único, e por isso, diferente, mesmo os psicopatas.  A Psicanálise afirma que é um funcionamento cerebral diferente e o comportamento do psicopata é uma forma de se defender de suas próprias frustações, com a busca pelo controle e prazer. Mas, isso não quer dizer que não sejam perigosos.
     O que importa mesmo, é sabermos que são incapazes de estabelecer vínculos verdadeiros de afetividade mais profundas e que por trás da fachada de pessoa comum, mora uma pessoa fria, e às vezes, um predador.  E por isso mesmo, todo cuidado é pouco! Mas, para que nós, não nos achemos melhores que eles: Todos nós temos traços de tudo!


        Se você se interessou por esse assunto, e quer saber mais, indico a leitura completa das obras:

  Mentes Perigosas, O psicopata mora ao lado, Ana Beatriz B. Silva, Rio de Janeiro: Objetiva, 2008;
  Sem Consciência - O mundo perturbador dos Psicopatas que vivem entre nós. Roberto Hare; tradução: Denise Regina de Sales, Porto Alegre, 2023; 
  A Sabedoria dos psicopatas: o que santos, espiões e serial killers podem nos ensinar sobre o sucesso. Kevin Dutton; Tradução de Alessandra Bonrruquer; quarta edição, Rio de Janeiro, 2023;

Outras. 

 
                                                            
Bjokas no coração!

 
         
A TEORIA DO CARRAPICHO

Por Maze Oliver



 Nos disse João Roberto ( Psicólogo):  " Vivemos hoje sob stress. Mas, o stress é uma situação de defesa!"  É um adicional de força, pois enquanto existir ameaça, existirá stress. É uma condição da vida, da condição humana. É uma resposta do organismo para superação dos obstáculos do dia a dia.

        O que devemos nos perguntar é:  fazemos pausa entre as situações de stress?

        Mas, o que é pausa?!  Pausa é uma sensação de bem estar pleno.

       Temos realmente pausa?! Se formos a uma festa, mas não nos sentirmos bem,  então não fizemos pausa.

               ATENÇÃO:  Não valeu como pausa!

         Precisamos nos conhecer, para saber o que gostamos. Saber quais são as nossas pausas. Parar de conceder nossas pausas aos outros. Chefe,  família,  filhos,  marido,  amigos,  etc. Ter coragem de assumir nosso querer! Às vezes precisamos ficar a sós conosco para aprender a nos olhar! E não é egoísmo! É fundamental que cuidemos de nós.

      A sociedade comete o equívoco em não considerar bom quem cuida de si, quem se ama! E valoriza quem se doa! Quem se dá demais,  esquece de si! Quem se doa demais, termina ressentido, pois um dia se percebe perdedor,  fica amargurado e começa a dar junto com a doação, também a sua amargura. Vai estragando a relação, minando pouco a pouco.  Aí o outro cansa de doação amarga e se vai.

         Um belo dia, se rebela,  diz a você:  Você está muito chata!  (Ou chato! )  Cansei,  fui! Partiu!

      Resta a dor, que é imensa! Porém, a dor é importante quando o vínculo se vai,  pois promove a compreensão de que o mais importante que temos a oferecer, é nós mesmos, só que resolvidos. Alegres, felizes!   Sem Carrapichos!

        Mas, o que são mesmo os Carrapichos?!
        Disse ele: São as mágoas, os ressentimentos, as raivas, ciúmes, as perdas que você vai se apegando ou pegando dos carrapichados com quem vai convivendo, durante sua infância, juventude,  vida a fora! A vida tem Ipê Amarelo que é lindo, mas também tem Carrapichos que grudam e espinham!  Na estrada da vida tem muitos Carrapichos! ...Tem mãe carrapicho, marido, filho, chefe, professora e tia carrapichos!

         " Uma professora pode ser um grande Ipê Amarelo ou um grande carrapicho na vida de uma criança!" Disse ele.



         Mas,  tem tempo de pegar carrapichos e tempo de tirar Carrapichos! O que não podemos é levar os Carrapichos para o túmulo! Os Carrapichos podem e devem ser tirados! Eles não são intrínsecos à sua alma! É bom demais tirá-los!...    É como nascer de novo! ...     Você deve parar para tirar os carrapichos da sua alma!

          Depois de retirá-los (os Carrapichos),  pergunte para quem está ao seu lado:  filho ou  marido. Como foi o seu dia?! Como você está? Não se iluda, vai assustar um pouco! Se ouvir: Mãe o que houve? você está doente? 

         Não desista!  Aposte nas relações, no diálogo verdadeiro, pois na vida não precisamos conversar somente para tomarmos decisão. Mas, também para saber como está o outro,  partilhar realmente a  vida, e parar quantas vezes for preciso para retirar os carrapichos! 


         Estas orientações foram doadas aos professores de Rio Branco-Acre,  pelo Orientador do Programa Educação para a Paz, o Psicólogo João Roberto de Araújo, em palestra na Usina de Arte, promovida pela SEME. Com certeza não esquecerei jamais e repasso  a você leitor e aos amigos, a  Teoria do Carrapicho!

          Aproveitei o conhecimento adquirido para tirar alguns carrapichos da minha vida!  E você quando vai retirar os seus? 

 Obrigada João! Valeu mesmo!

 Beijokas no coração!





 HIPERATIVIDADE - TDAH
       Por Maze Oliver

Texto revisado em abril de 2020.


O Transtorno de Déficit de Atenção, mente TDAH ou como é popularmente conhecido Hiperatividade é caracterizado pela instabilidade na atenção, impulsividade e hiperatividade física ou apenas mental. Na família e na escola, uma criança TDAH não diagnosticada pode ser mal interpretada e ter seus talentos naturais tolhidos ou mesmos desperdiçados.

       Se manifesta ainda na infância, em ambos os sexos, perdurando na maioria dos casos  na vida adulta. Trata-se de um funcionamento mental acelerado, inquieto. Porém,  de grande potencial criativo. Apresenta dificuldade de concentração (desatenção) ou hiper concentração (concentração exagerada), principalmente em atividades de interesse espontâneo (jogos, esportes, atividades artísticas); comportamento impulsivo, ou seja, age depois pensa e velocidade na atividade física (agitação) ou mental. Esses sintomas determinam a mente TDAH, necessitando de diagnóstico precoce e recondução que lhes possibilitem o aproveitamento de suas habilidades naturais.

     Atenção! A hiperatividade física nem sempre se faz presente, o que dificulta muitas vezes o diagnóstico. Nesse caso, a dispersão pode ser o fator preponderante para confirmar a presença de hiperatividade mental,  principalmente se houver casos de hiperativos na família ou se a gravidez da mãe passou por traumas neonatais. Esquecimentos frequentes, impulsos, desorganização,  dispersão (alheiamento, isolamento, distração) e   hiper concentração (é capaz de ficar o dia inteiro fazendo a mesma coisa) estão sempre presentes no comportamento da criança com o transtorno. Ao observar os citados sintomas procurar imediatamente um especialista para acompanhar o desenvolvimento da criança.

     As crianças TDAH sofrem psicologicamente na família e na escola.  Seu comportamento impulsivo, elétrico ou disperso não é  compreendido. Recebem rótulos desagradáveis (desmioladas, da lua, cri cri, etc).  São consideradas verdadeiras pestinhas, tanto por outras crianças como pelos adultos.

      O cuidado é necessário, porque não acompanhada a criança pode desenvolver outros problemas em consequência da dificuldade na interação social. Na escola, geralmente apresentam problemas de aprendizagem. Pode ser também que a criança possua um outro transtorno,  de sintomas muito parecidos. Por isso o diagnóstico é fundamental.   Sem ajuda, serão adultos com problema de autoestima, confusos, desorganizados e perdidos em seu turbilhão de pensamentos incessantes. Muitos podem numa fuga, recorrer ao uso de drogas na tentativa de fugir de seus conflitos internos, o que significará grandes prejuízos ao seu futuro profissional e pessoal. Porém, o diagnóstico (que se confirma após os sete anos de idade) só pode ser feito por um profissional habilitado, pois há casos que apresentam apenas  traços de hiperatividade, não sendo hiperativas de fato. Outros casos  melhoram consideravelmente até a  adolescência.


         Há casos também,  em que a criança apresenta alguns dos  sintomas por falta de orientação adequada ou  limites,  não tendo nada a ver com o transtorno, sendo apenas peraltices.


      Confirmado o diagnóstico,  alguns profissionais já utilizam o uso de remédios para melhorar o dia a dia da criança TDAH, muito embora alguns já a  considerem mais como um funcionamento cerebral diferenciado do que propriamente doença, sendo o uso do remédio opcional, dependendo do tipo e grau  de hiperatividade.

       Mas, de tudo o que foi dito existe um lado muito bom que pode ser aproveitado! O grande potencial criativo da inteligente mente TDAH. Muitos artistas, intelectuais, cientistas ou mesmo gênios antigos ou da  atualidade,  foram ou são hiperativos  que desenvolveram seus dons com dificuldade, lutando contra o preconceito e a discriminação social.




       Descobrir os talentos de uma criança hiperativa e apoiá-la, torna-se fundamental para o desenvolvimento do seu potencial inteligente e criador, uma de suas características mais marcantes. Amenizando assim as angústias e o sofrimento para a criança e sua família que muitas vezes se sente aturdida, sem saber como lidar com essa realidade. Canalizar os impulsos  dos hiperativos para algo produtivo de sua livre escolha, poderá contribuir para a busca da sua felicidade e a realização pessoal.

                                                                                         
 Beijokas no coração!




A VIOLÊNCIA DENTRO DAS ESCOLAS BRASILEIRAS



   É muito grave o que está acontecendo no nosso país. Mais uma grande tragédia aconteceu em uma de nossas escolas. É necessário uma reflexão e investigação mais profunda sobre as causas desse fato tão lamentável. Dessa vez uma criança está envolvida e morta. O que aconteceu entre essa criança e sua professora?! 

           Uma onda de pânico toma conta dos professores por onde conversamos..

          Não se falava em outra coisa hoje na minha escola. A violência dentro das escolas brasileiras. O que está acontecendo? Fatos como esse só víamos  certo tempo atrás,  em outros países. Hoje professores brasileiros temem por suas vidas dentro das escolas. Crianças ameaçam outras. Professores são agredidos ou ameaçados. Precisamos urgentemente rever nossos conceitos.

          Os sistemas educacionais (governos) precisam imediatamente rever a questão da segurança nas escolas. Talvez até colocar portas como as que tem nas agencias bancárias, com detector de metais para todos que nelas quiserem adentrar. Não se trata mais de um caso isolado. Todos os dias sabemos de algum fato novo. É um professor ameaçado aqui, outro atacado ali. Está se instalando uma situação insustentável. O comentário geral é: Daqui há alguns anos ninguém mais vai querer ser professor!

         É necessário voltar os orientadores educacionais nas escolas, que detectavam os problemas psicológicos  antes de  agravarem.  Pensar em um grupo de psicólogos, em número suficiente, nos sistemas de ensino,  para atender os casos mais graves de distúrbios, traumas emocionais e psicoses infantis e encaminha-los aos atendimentos públicos.  Aumentar o número de psicólogos e psiquiatras nas unidades de saúde para atender a comunidade e a demanda das escolas.  Sabemos que os postos de saúde e UPA estão com  muita procura  por esse tipo de  atendimento. Porém,  são poucos os  profissionais no Sistema  Público de Saúde. O que está acontecendo:  Falta  de profissionais?

         É necessário conter a ambição do capitalismo desenfreado que gera competição, consumismo e violência. Investir na Educação e no atendimento às famílias. Rever os horários dos programas de TV que escancaram a morte, a violência, o sexo (inclusive programas jornalísticos). É preciso selecionar os conteúdos que serão  vistos pelas crianças e adolescentes brasileiros.  Hoje,  eles estão muito expostos a todo tipo de conteúdo que ensina e outras vezes deseduca. Muitas famílias não tem condições psicológica, cultural ou financeira para acompanhar e orientar  o desenvolvimento das crianças e assim vai se formando um grande projeto de caos social para o um futuro bem próximo.

Vamos cuidar melhor das nossas crianças!

 Beijokas no coração!

   Educação a distância


      Educação a distância é uma  forma de aprender  moderna onde a mediação é feita por meio de variadas  tecnologias. O Ambiente Virtual de aprendizagem se dá via internet. Ambos surgiram da necessidade urgente  de adaptação da escola às novas demandas educativas,  na intenção de acompanhar as transformações da sociedade. Nesta “nova” escola, professor e aprendiz estão separados  física e  temporalmente, ou seja, não estão fisicamente presentes em uma sala de aula.  
   Existem vários modelos de educação a distância que se diferenciam entre si: Educação online, Educação a Distância e E-Learning.  Cada um deles se realiza por diferentes meios. Sendo a educação a distância a mais abrangente e as outras duas citadas mais ligadas a internet.  Os ambientes virtuais de aprendizagem são transmitidos via satélite e os aprendizes acessam  as atividades educativas através de instrumentos modernos. 
       Diferente das escolas presenciais, nessa nova forma de ensinar e aprender os alunos e mediadores  se comunicam e interagem entre si indiretamente e todo o processo de aprender se dá pelos sites, e-mails, blogs,  ou ainda  televisão, rádio, telefone, fax e outros.
O aluno é sujeito de seu processo de aprender,  ele é livre para pesquisar, consultar, entrevistar, construindo assim seu próprio conhecimento e elegendo a comunidade da qual participará. Este ato demanda novas responsabilidades no ato de estudar, aprender e ensinar e, um novo comportamento de “convivência escolar”.
     Os  sistemas de Educação a Distância e Ambiente Virtual de Aprendizagem  devem ampliar o acesso às camadas sociais menos favorecidas pois uma grande parte da população brasileira  não tem oportunidade e condições de participar desse novo modelo de escola que requer tempo, dinheiro e novos conhecimentos próprios dos instrumentos de mediação. Esses,  ainda são sistemas elitizados de educação. A escola presencial precisa incorporar essa nova forma de ensinar e aprender, implantando programas para diminuir a distância entre o povo e estes novos sistemas de ensino.


Maze Oliver


 Beijokas no coração!


Referências  / Fontes consultadas:


COMENTÁRIO SOBRE O  FILME:  

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN

       

Precisamos falar sobre o Kevin não é um filme qualquer. Requer reflexão, conhecimento e muita sensibilidade para compreender as emoções que ele transmite e o que ele nos instiga.  A primeira observação que se pode fazer é que ele e a mãe, Eva são muito parecidos, quase iguais fisicamente, uma das cenas do filme mostra isso fazendo uma fusão de suas imagens. A cor vermelha representa a vida e o sangue, a felicidade e a dor, metáfora totalmente atual e real, mas vamos ao filme.

     Eva, a mãe de Kevin não teve uma interação boa com a própria mãe, que sofria provavelmente de algum transtorno, pois não saia de casa para nada. Eva queria uma outra vida para ela: de trabalho, festas e viagens. A mãe de Kevin casou apaixonada pelo marido. Queria viajar muito e não queria filhos. Engravidou de Kevin, ficou longe das viagens que fazia, da vida que tinha, embora fosse rica. Quando Kevin nasceu, Eva desenvolveu uma Depressão crônica que iniciou logo após o parto. Ficou apática e deprimida. Todo o seu mundo ficou para trás. Não conseguiu se conectar com o bebê que chorava muito e lhe causava muita irritação.

     O bebê foi crescendo e usou fraldas até os seis anos, o que demostra problemas na fase anal, às vezes sujava as calças propositalmente. Kevin interferia na relação pai e mãe, apresentando um comportamento bonzinho para o pai e confrontando a mãe. Eva achou estranho o comportamento do menino e o levou ao médico (Seria surdez?), mas segundo o médico ele era saudável.

     O tempo passa, Kevin continua usando as roupas da infância, numa demonstração de não crescimento e mais uma vez demonstrando uma criança interior raivosa chamando atenção. Eva estava apática, perdida, não sabia como lidar, não tem apoio do marido, que trata Kevin como se nada tivesse acontecendo.  Kevin fazia tudo para chamar a atenção da mãe, perturbando-a gratuitamente. Até se masturbar de porta aberta para que ela o visse. Faltava-lhe limites, pois Eva nada fazia e o pai passava a mão na cabeça dele, mimando-o. Como o pai é ausente na disciplina, falta-lhe limites de pai e de mãe; o que deve ter interferido na “má" construção de seu superego. Ou pode ter nascido assim, sem empatia. Ninguém lhe freia e ele segue praticando Bullying cada vez mais, provocando a mãe, sua diversão preferida.

      Kevin passa para uma outra fase, vai avançando na sua perversão, tornando-se cada vez mais sádico.  Começa a se incomodar com os prazeres dos outros e mata o animalzinho de estimação da irmã e a cega num "acidente" que ele mesmo provocou. Na cena da mesa, em que comem juntos, fica claro que ele não está nem aí para o que aconteceu com a irmã e provoca mais ainda a mãe, ao mastigar algo redondo. O que para a mãe parece ser uma referência ao olho da irmã.

     Kevin tem ideia fixa na mãe, pois tudo que ele faz, presta atenção na reação dela e em muitas cenas parece se divertir, com as expressões de surpresa de Eva. O filme mostra apenas uma cena de carinho entre eles, quando ele fica doente. A mãe lê uma história para ele. Ele aconchega-se ao corpo dela, porém é a partir daí que ele copia o artista da história, que é arqueiro e tudo caminha para o planejamento assassino, de matar os garotos da escola, aqueles que possuem algum destaque. Ou seja, na visão de Eva ele a obriga a olhar para ele o tempo todo, mesmo que seja com estratégia negativa. Quando passeiam juntos ele se identifica com ela, com as críticas que ela faz aos gordos. Ele é um pouco ela e a mãe se ver nele, por isso não se rejeitam, mas sim, se completam. São ambos Sadomasoquistas. Ela tem aparência sofrida, apática, sem vida, emoção embotada. (sofre de Depressão Distímica). Ele sádico, gosta de ver o sofrimento das pessoas, e da mãe, preferencialmente.

      No final, após o crime em que ele mata vários adolescentes da escola e vai preso, a cena da mãe no quarto já em casa, comprova o que é afirmado anteriormente. Após mudar de casa, Eva arruma o quarto de Kevin do mesmo jeito, mostrando que a relação de mãe e filho não acabou e continuará igual, e que ele descartou o pai e a irmã para poder ficar sozinho com ela. O domínio irá continuar... O par perfeito. Ele com emoções sádicas assumidas e ela com o gosto pela dor. O sádico e a masoquista. Ambos com estrutura PERVERSÃO. Lembrando que todo sádico é também masoquista e vice-versa, a diferença é que cada um desenvolveu mais, um dos aspectos: sentir prazer em maltratar ou sofrer.  

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Beijokas no coração!    -    Maze Oliver

 



 Maze Oliver - Pedagoga e Orientadora Educacional formada na universidade Federal do Acre ( UFAC)
Acadêmica de Psicanálise Clínica (CEHIFE)
Membro fundadora da Sociedade Literária Acreana (SLA)
Membro fundadora da Federação de Letras e Artes do Estado do Acre (FALA-AC)
Acadêmica eleita da Academia Acreana de Letras (AAL)
Membro da Academia Internacional de Cultura -  RJ